Por que você deve ler Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir (1908-1986) foi escritora, filósofa e umas das maiores representantes do Movimento Existencialista francês, também marcou o movimento feminista com a sua revolucionária obra: O Segundo Sexo.
Criada em família tradicional e conservadora, Simone contrariou os desejos da família ao viver de acordo com suas vontades liberais, rejeitou o casamento como destino e passou a ter uma dedicação incondicional aos estudos.
Durante sua infância a família encontrava-se falida, e por não ter dinheiro para o dote, o que não renderia um bom casamento, seu pai se convenceu que o sucesso acadêmico traria melhor condição financeira. O que fez Simone ter mais poder de escolha do que muitas mulheres de sua época.
- 5 sintomas de câncer de estômago que você não deve ignorar
- Quais versões da Barbie aparecem no filme? Conheça todos os personagens
- Filmes e séries que chegam na Netflix em junho e você não pode perder
- Estes 5 filmes não romantizam a maternidade e você precisa assistir
Aos 13 anos decidiu ser escritora, e aos 21 anos se formou em filosofia, mesmo com o objetivo se tornar escritora, passou a dar aulas como meio de sobrevivência.
Após longa pesquisa, em 1949, aos 41 anos, Simone de Beauvoir lança sua obra-prima “O segundo Sexo” na França, a qual tornou-se o marco da segunda fase do feminismo, principalmente nas décadas de 60 e 70. O segundo Sexo revela o que é ser mulher na condição biológica, psíquica, social e política. A partir de depoimentos, pesquisas e da própria experiência, Beauvoir revela a opressão sofrida pela mulher.
A mulher é reprimida de suas vontades desde a infância, nas brincadeiras é estimulada ao papel passivo e secundário, deixando o papel provedor e principal para o homem. Quando adulta sua vida gira em torno de um bom casamento e padrões socialmente aceitos, o qual qualificavam de “moça bem comportada”.
Para atiçar sua curiosidade confira alguns trechos do livro:
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino.”
“Foi pelo trabalho que a mulher cobriu em grande parte a distância que a separa do homem; só o trabalho pode assegurar-lhe uma liberdade concreta”.