Na última quarta-feira, 20, aconteceu o tradicional almoço de natal da Rainha Elizabeth II, na Inglaterra. O evento foi um dos primeiros oficiais de Meghan Markle como noiva do Príncipe Harry.

Porém, outra integrante da família real gerou polêmica ao usar uma joia considerada racista durante a cerimônia. A princesa Michael de Kent- casada com o primo da Rainha- tinha acoplada na blusa um broche ‘blackamoor’ (explicação no box).

Princesa Michael de Kent foi acusada devido a broche usado em evento - © UK Press via Getty Images

Depois das críticas, ela pediu desculpas na última sexta-feira, 22. Um porta-voz do real disse que “A princesa Michael está muito triste e angustiada por ter causado ofensa”, completando que o broche foi um presente e foi usado muitas vezes antes, segundo matéria do Daily Mail.

No Twitter, muita gente se manifestou usando a #PrincessMichael e questionando o uso da peça durante o evento que teria Meghan Markle como centro das atenções:

“A #PrincessMichael realmente fez isso? De todos os broches que ela possui, escolhe esse, realmente? Ela queria enviar uma mensagem…”, escreveu este internauta.

⏳ Descubra o que está rolando por aí! Entre no canal da Catraca Livre no WhatsApp e receba novidades no celular. 📱

???? Did #PrincessMichael really did this? of all the #brooches she owns, she chooses this one, Really? She wanted to send a message and it was loud and clear…. pic.twitter.com/2qjpp6QBmK

— ShaQ ???? (@oehairdesign) 23 de dezembro de 2017

Outro rebateu o comunicado oficial de desculpas. Para ele, não importa se a integrante da família real já havia usado a peça antes sem gerar polêmica: “A ação deveria ter sido considerada inadequada com ou sem a raça da pessoa representada no broche estando presente …”.

She has worn this brooch on many occasions without comment.
The action should have been deemed inappropriate with or without the race of the person depicted on the brooch being present….#PrincessMichael has respectability based on marriage & not race https://t.co/2VTl2403FF

— gman (@gmanZeN) 23 de dezembro de 2017

De acordo com a publicação, a princesa já havia sido acusada de racismo em 2004, quando ela teria discutido com pessoas em um restaurante em Nova York por causa do barulho que o grupo estaria fazendo, dizendo-lhes que “voltassem para as colônias”. Na época ela negou as alegações.

No Brasil, ofender a honra de qualquer pessoa com a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem pode resultar em ação penal por injúria racial. Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado