Projeto mostra o que há por trás das cicatrizes de várias pessoas
Acidentes, doenças, violência... o que escondem as cicatrizes?
Por trás de cada cicatriz há uma história, certo?
Foi pensando nisso que a inglesa Sophie Mayenne decidiu fotografar vítimas de violência, acidentes e doenças no projeto “Behind The Scar” (“Por Trás da Cicatriz”).
A ideia é encorajar as pessoas a aceitarem seu corpo e a compartilharem as mais variadas histórias.
Em entrevista ao Daily Mail, ela conta que sempre gostou de investir em projetos que mostram o que a sociedade entende como uma falha e que as fotos não sofrem qualquer tipo de retoque.
“Nenhuma das fotos que tiro são retocadas. Na minha opinião, são as melhores e mais honestas imagens que já cliquei. Capturando a verdadeira beleza de quem estou fotografando”, disse.
Veja alguns ensaios abaixo:
Mercy (Abaixo) sofreu queimaduras em um incêndio relacionado à violência doméstica: “Fui queimada aos 29 anos, e foi uma jornada difícil lidar com essas marcas. O conforto que tiro das minhas cicatrizes é que elas me fazem ser quem eu sou hoje. São minhas preciosidades”.
Já Marcos sofreu com um problema nos pulmões que rendeu uma operação de emergência. “Em fevereiro, comecei a sentir uma pressão dentro do meu peito… Um pouco depois, a pressão aumentou e senti como se tivesse sido atingido no coração. Caí no chão, e quando acordei, estava no hospital, sem metade do meu pulmão! Eu tenho fumado desde os 11 anos de idade, então, aparentemente, essa foi a razão pela qual meus pulmões não funcionaram corretamente”.
Isabella também foi vítima de um incêndio. ” No verão de 2015, eu estava dentro de uma casa que pegou fogo. Minhas roupas e meu estilo de vida ficaram em chamas. Passei o verão em uma unidade de queimaduras na Fulham Road. Minhas cicatrizes continuam a mudar, mas nunca me senti tão bonita”.
Yasmin teve um tumor que precisou ser retirado em uma operação. “Meu tumor mudou minha vida de muitas maneiras…. Em 2012, fui diagnosticado com um linfoma. O câncer não era um problema, o problema era a descoberta de um tumor enorme, colado ao meu fígado, um monte de nervos e minha principal artéria. O meu medo de entrar em cirurgia foi afetado a longo prazo: Como meu corpo se recuperaria? Meu namorado ainda me amaria? Ele ainda vai me achar atraente? Por dentro e por fora, houve uma jornada de aceitação total. A mensagem é simples – temos uma bela embarcação para levar nossa alma.
Leo sofreu um um acidente que mudou seu rosto para sempre. “Quando tinha 20 anos, estava fazendo um passeio no parque e fecharam o local. Decidi pular as grades, meu pé deslizou e as lanças de um portão atingiram meu rosto em dois lugares. Felizmente, um vigilante percebeu e chamou uma ambulância. As pessoas pensam que minha cicatriz foi provocada por uma briga com faca e acham que sou uma pessoa má”.
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