Quem é o único fã que a família de Gal Costa autorizou se despedir da cantora?
O cearense acompanha a artista desde os 21 anos e foi considerado pela própria Gal como "seu fã mais antigo"
Frankley Tavares, 57 anos, saiu do Ceará e foi até São Paulo, na ALESP, para se despedir oficialmente de Gal Costa. O fã de longa data, conhecido pela artista, teve o privilégio de entrar na sala com a família, onde estava sendo velada a baiana. Ele era tão fã de Gal, que pessoas próximas dela o conheciam e por isso ele conseguiu entrar no local. O restante dos fãs acompanhou o velório de uma área separada dos amigos e familiares de Gal.
“O Marcus Preto me conhece. Eu não desisti. Quando aconteceu, quando fiquei sabendo que ela tinha morrido, eu decidi vir pra São Paulo. Eu volto para Fortaleza de madrugada. Eu quero visitar o filho dela. Quero mandar rezar a missa de sétimo dia dela”, disse ele ao UOL.
O estilista era considerado pela própria cantora como o seu “grande fã”. No momento, ele estava vestido com uma roupa que estampava todos os discos da artista.
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Como se conheceram?
Gal e Frankley se conheceram em 1986, quando ele tinha apenas 21 anos, e naquela época, acompanhou a chegada da baiana ao aeroporto de Fortaleza, local que ela fez um show naquele ano. De lá pra cá, a recepção no aeroporto se tornou hábito, nas apresentações de Gal em estados do Nordeste, Frankley estava lá esperando a grande intérprete.
Gal Costa devolvia o carinho sempre que o via na plateia. Em agosto de 2022, a cantora o chamou para o palco, em um show em Natal, no Rio Grande do Norte, e o apresentou como seu fã mais antigo. Na ocasião, Frankley vestia um paletó e uma calça com fotos de todos os álbuns de Gal, a mesma peça que ele usou no velório da artista.
Futura exposição?
Frankley tem o desejo de criar uma exposição reunindo todos os itens e artigos sobre a cantora que ele guarda há mais de quatro décadas. O acervo é muito grande e a própria Gal reconhecia que o fã possuía raridades que nem ela mesma tinha.
A coleção dele inclui diversas revistas publicadas entre a década de 1960 e até os dias atuais, livros, repertórios de shows, da década de 1980 até 2022 – ele costumava pegar os papéis do chão do palco, após as apresentações.
Ele também tem guardado artigos inusitados, como uma taça de água usada pela cantora nos anos 1990 (o restinho de água deixado por ela na louça também está guardado); uma colher suja de café que ele deu um jeito de pegar de uma xícara; uma cópia autografada da certidão de nascimento; um guardanapo que a artista usou em um almoço, no ano de 1988, e que ainda tem a marca de sua boca.
A cerimônia de despedida foi aberta ao público por volta das 9h20. A cantora faleceu aos 77 anos na última quarta-feira, 9, dentro de casa, na capital paulista.