Ratinho defende intervenção militar e ‘limpar mendigos’ das ruas
"Se eu abrir uma votação perguntando se o povo é a favor da volta dos militares, dá 70%", sugeriu o apresentador
O apresentador do SBT Ratinho defendeu que haja no país uma intervenção militar — proibida pela Constituição Federal — “igual a de Singapura” para melhorar o Brasil e também ‘limpar mendigos’ das ruas. A declaração foi dada ontem, durante seu programa ‘Turma do Ratinho’, na rádio Massa FM, da qual ele mesmo é proprietário.
“Eu sei que o que vou falar aqui pode até chocar, mas está na hora de fazer igual fez em Singapura. Entrou um general, consertou o país e, um ano depois, fez eleições. Mas primeiro concertou, chamou todos denunciados e disse: ‘vocês têm 24 horas para deixar o país ou serão fuzilados’. Limpou Singapura”, disparou Ratinho.
O apresentador se referia a gestão de Lee Kuan Yew, primeiro-ministro de Singapura por 30 anos. Neste período, ele manteve um severo controle de liberdades individuais, exerceu punição para a homossexualidade, pena de morte para alguns crimes e a chibatada como forma de punição em outros.
- Trem turístico vai ligar Rio de Janeiro e Minas Gerais
- Tottenham x Liverpool: Aposte na odd 5.00 para Salah marcar primeiro
- Você sabia que estes temperos podem reduzir o risco de Alzheimer e melhorar a sua memória?
- O que é Aposta 1×2? Guia do mercado de apostas
Ratinho ainda defendeu a política de Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, que tirou os moradores de rua de circulação: “Do que as pessoas tinham medo? Morador de rua. Ele tirou todos os moradores de rua e deu um lugar para os caras se virarem. Ele limpou tudo e a imprensa ficou a favor dele. Aqui, se mexer com morador de rua, a imprensa cai em cima do político”, disse o apresentador que completou: “Se eu abrir uma votação perguntando se o povo é a favor da volta dos militares, dá 70%. Nossa democracia é muito frágil, dá margem para bandido, estranha”.
Rudolph Giuliani, depois de sua passagem pela Prefeitura de Nova York, se tornou advogado pessoal do ex-presidente Donald Trump. Enquanto prefeito, ele adotou uma política com leis de tolerância zero, aplicando punições automáticas para qualquer tipo de infração.
Momentos depois, ele defendeu que “os homens do botão dourado e botar ordem na casa” deviam voltar ao poder. A expressão já é conhecida, ela foi usada pelo pai do governador do Paraná, que faz referência aos uniformes dos militares. “Se eu abrir uma votação perguntando se o povo é a favor da volta dos militares, dá 70%. Nossa democracia é muito frágil, dá margem para bandido, estranha”, disse Ratinho.
Porém, a intervenção militar defendida por Ratinho é inconstitucional, segundo a Constituição Federal brasileira, que foi promulgada após 21 anos de ditadura militar no Brasil.