‘Rei do Camarote’ é investigado pela polícia por lavagem de dinheiro

A polícia chegou em Alexander após investigar seu sócio, empresário, Antônio Gritzbach, o amigo do rei do camarote é apontado como mandante de 2 homicídios

O empresário Alexander Augusto de Almeida, de 49 anos, que ficou conhecido há 10 anos atrás como “rei do camarote“, agora, é investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, em um inquérito por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. As informações são do portal G1.

‘Rei do Camarote’ é investigado pela polícia por lavagem de dinheiro
Créditos: Reprodução/Facebook @reidocamarote
‘Rei do Camarote’ é investigado pela polícia por lavagem de dinheiro

Alexander se tornou o “rei do camarote” depois de aparecer na revista “Veja São Paulo”, há 10 anos, falando sobre os “10 mandamentos” da noitada na capital paulista, dizendo que gastava até R$ 50 mil numa noite de balada. No vídeo publicado pela revista, que viralizou na época, o empresário aparecia com garrafas de bebida, copo de drink na mão ao som da trilha sonora “traz a bebida que pisca”.

A polícia chegou no ‘rei do camarote’ após o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o empresário do ramo imobiliário, Antônio Vinicius Gritzbach, que virou réu após ser apontado como mandante de dois homicídios pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Investigando Antônio, os agentes encontraram documentos relacionados a imóveis e um condomínio de galpões,em Atibaia, no interior de São Paulo, onde o ‘rei do camarote’ era dono desde 2020.

Alexander prestou depoimento à polícia e informou que faz parte do quadro de sócios de duas empresas do mercado imobiliário e uma do ramo de construção de galpões em Atibaia. Além de uma empresa de recuperação de veículos.

Quanto a sua relação com o homem investigado por dois homicídios, o ‘rei do camarote’ contou que os dois se conhecem desde quando eram jovens e moravam no Tatuapé, bairro da zona leste de São Paulo. Eles foram sócios de uma farmácia até 2022 e interromperam a parceria após Antônio ser preso pela primeira vez neste inquérito acusado de dois homicídios.

A área do condomínio de galpões tem projeto aprovado para a construção de 80 unidades. A proprietária era uma empresa de empreendimentos a qual Antônio Vinicius chegou a fazer parte do quadro de vendedores e até foi gerente.

A antiga dona do condomínio chegou a negociar 25 galpões, mas ergueu 17 e vendeu todo o condomínio para o “rei do camarote”. Ele assumiu a construção do restante e toda a área que não estava ocupada.

O empresário, que ficou famoso por aparecer na ‘Veja São Paulo’ disse à polícia, em outubro do ano passado, quando prestou depoimento, que já havia investido nas obras cerca de R$ 12 milhões sozinho. Ele negou que Antônio Vinicius tenha participado direta e indiretamente da negociação.

À polícia, Alexander disse que faz parte do quadro de sócios de uma empresa de recuperação de veículos, duas do mercado imobiliário e outra do ramo de construção de galpões em Atibaia.

Até o momento, o Deic não se pronunciou sobre a investigação.

A defesa de Alexander, o advogado Jonas Marzagão, mandou uma nota sobre a investigação.

“Alexander Augusto é um empresário de renome na cidade de São Paulo. Conheceu Antônio Vinicius no bairro do Tatuapé, onde ambos foram criados. No entanto, o empreendimento de Atibaia não tem nenhum vínculo com Vinicius. No tocante à investigação de lavagem de dinheiro, Alexander Augusto acredita ter sido chamado para depor, pois a imobiliária de Vinicius vendia esse empreendimento, mas não adquiriu dele. Foi ouvido em declarações e esclareceu todos os fatos à autoridade policial. Alexander teve uma breve sociedade com Antônio Vinicius, em uma farmácia, na qual não houve investimento por parte dele e antes mesmo da inauguração da drogaria, saiu do quadro societário. Finalizando, não tem conhecimento dos outros fatos investigados”.