Repórter é xingada de ‘macaca’ por funcionário público no Rio
'Fui chamada de macaca e pira***', denunciou Julie Alves
A repórter Julie Alves foi xingada de macaca e agredida, na tarde desta quinta-feira, 24, em uma unidade de saúde em Japeri, região metropolitana do Rio de Janeiro, por um funcionário público. A jornalista gravava material para o programa ‘Fala Baixada’, da CNT.
A repórter o seu cinegrafista precisaram ser atendidos no posto de saúde após a confusão. A pressão arterial de Julie, que costuma dar 12 por 8 subiu para 14 . O cinegrafista, diabético e hipertenso, quase alcançou 400 mg/dL de glicemia (o normal é 100) e 18 de pressão alta.
Julie Alves também acusa o funcionário público de racismo: “Ele me chamou de macaca, de piranha, me mandou para a p… que pariu. Isso nunca tinha acontecido comigo. Estou péssima”, contou a jornalista à colunista Fábia Oliveira, de O Dia.
- Mulher nega pagar serviço adiantado e sofre injúria racial
- Jogador de basquete brasileiro é vítima de racismo na Espanha
- Vídeo mostra motoboy sendo vítima de ataque racista de cliente no Acre
- Vereadora que denunciou saudação nazista em SC é cassada
A reportagem de Julie Alves não tinha nada a ver com a unidade de saúde, mas com um lixão vizinho ao prédio público.
Foi vítima de racismo? Saiba como denunciar:
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar.
Isso dá a entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.