Revi esses clássico da sessão da tarde e ele são melhores que qualquer filme novo

Quem nunca chegou da escola, largou a mochila no sofá e se emocionou com as histórias de amor repetidas na televisão brasileira? A famosa Sessão da Tarde foi responsável por apresentar clássicos do cinema que, mesmo assistidos dezenas de vezes, continuam a despertar suspiros e uma sensação única de conforto e nostalgia.

O despertar do amor e da inocência

Dois filmes se destacam quando o assunto é o descobrimento do primeiro amor em cenários quase oníricos. O clássico “A Lagoa Azul” virou sinônimo das tardes na Globo, mostrando dois jovens crescendo sozinhos em uma ilha deserta e descobrindo a paixão de forma natural e ingênua. A fotografia paradisíaca e o isolamento dos personagens criaram uma das narrativas mais famosas dos anos 80.

Outro título que define essa fase é “Meu Primeiro Amor”. Diferente da aventura na ilha, aqui temos o cotidiano de duas crianças, Vada e Thomas J., interpretado por Macaulay Culkin. O filme mistura a doçura da amizade infantil com um final trágico que ensinou toda uma geração a lidar com a perda, tudo embalado por uma trilha sonora inesquecível.

Será que o amor supera qualquer barreira?

Se existe um filme que definiu o gênero de romance sobrenatural, esse filme é “Ghost: Do Outro Lado da Vida”. A história de Sam e Molly quebrou as fronteiras entre a vida e a morte, provando que o sentimento verdadeiro permanece. A cena icônica da cerâmica ao som de “Unchained Melody” é, até hoje, uma das referências visuais mais fortes da cultura pop quando se fala em cinema romântico.

Além do drama, o filme equilibrava a tensão com o humor da personagem de Whoopi Goldberg, o que o tornava perfeito para o horário vespertino. É aquele tipo de obra que prende o espectador do início ao fim, não importa em qual ponto a transmissão na TV tenha começado.

Abaixo um vídeo do canal Dikas da Kika • Passeios e Viagens no YouTube, onde ela comenta com muito bom humor sua seleção pessoal dos cinco filmes mais apaixonantes que passavam na TV.

Galãs, velocidade e contos de fadas modernos

Não dá para falar de romance na Sessão da Tarde sem citar a presença magnética de Tom Cruise em “Top Gun: Ases Indomáveis”. Embora seja um filme de ação com caças e competições militares, a trama romântica ao som de “Take My Breath Away” roubou a cena. A química do casal principal transformou o filme em um favorito tanto para quem gostava de adrenalina quanto para quem buscava uma história de paixão.

Já “Uma Linda Mulher” trouxe uma releitura urbana e moderna dos contos de fadas. A dinâmica entre Julia Roberts e Richard Gere encantou o público ao mostrar que o amor pode surgir nos cenários mais improváveis. A transformação da personagem Vivian e o carisma dos protagonistas garantiram o lugar deste longa no panteão dos filmes mais reprisados e amados da televisão aberta.

A importância da nostalgia na nossa rotina

Revisitar esses filmes não é apenas sobre o cinema em si, mas sobre o momento de vida que eles representam para cada espectador. Eles funcionam como um refúgio seguro, onde já sabemos o final, mas escolhemos assistir novamente apenas para sentir aquelas emoções familiares. É a chamada “televisão de conforto”, que acalma e diverte.

Essas produções conseguiram algo raro: tornaram-se parte da identidade cultural brasileira. As falas, as músicas e as cenas desses romances ultrapassaram a tela e viraram memórias afetivas coletivas, mantendo-se vivas mesmo com o passar das décadas e a mudança nos hábitos de consumo de mídia.