Rômulo Arantes Neto diz que pessoas bonitas sofrem preconceito
O ator Rômulo Arantes Neto afirmou, em entrevista ao youtuber Matheus Mazzafera, do canal “Hotel Mazzafera“, que pessoas bonitas sofrem preconceito, principalmente no meio artístico.
Segundo o artista, quando o ator é muito bonito há uma premissa de que ele só conseguiu espaço por causa da aparência estética, sendo necessário que o profissional tenha “duas vezes mais talento”.
“Acho que existe sim o preconceito com relação à beleza, a pessoa que esteticamente é bonita, aquela beleza clara esteticamente, tem que provar duas vezes mais o talento por conta do preconceito alheio”, diz ele.
“Exigem mais de você para demonstrar o talento, vão querer logo falar ‘só por ser bonitinho ele tá aí, só por ela ser linda está aí’. Acho que acaba exigindo de você duas vezes mais talento ou a necessidade de mostrar serviço”, falou Arantes.
Ainda segundo o ator, a beleza pode ajudar em um trabalho, mas não dá garantia de continuidade.
“Acho que a beleza abre portas, mas não mantém porta aberta. Ela pode te impulsionar em um momento inicial, mas você nunca vai se garantir pela beleza. No fundo, o que importa é seu talento e a verdade que você passa”, declarou.
“Acho que a pessoa bonita normalmente é escalada para fazer papel de bonito. Acho que é difícil ter oportunidade de fazer algo diferente, fugir do estereótipo de galã. Ir para um esquizofrênico, ou para um cara sujo, porco”.
“Acho que as possibilidades são menores. Não significa que seja impossível, mas você tem que ter um produtor de elenco ou diretor que compra seu ‘barulho’, acredite no seu trabalho para fazer um papel assim. Acho que o Bruno Gagliasso conseguiu fazer alguns papeis que fugiam dessa coisa de galã. Rodrigo Santoro também”, disse Rômulo Arantes Neto.
O artista finalizou falando que “muitas vezes a pessoa que é bonita só vai conseguir mostrar de verdade para todo mundo, provar, em um papel desses, se não vão dizer que está interpretando ele mesmo. Acho importante a pessoa privilegiada esteticamente ter oportunidade de fazer um papel fugindo dessa carcaça estética privilegiada”.
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