Ronaldo Fraga, Haddad e outros convidados vão de transporte público ao desfile de Herchcovitch
Atento à mudança de comportamento do paulistano, que cada vez mais troca o carro pelo transporte público e pela bicicleta, o estilista Alexandre Herchcovitch surpreendeu seus convidados ao enviar um Bilhete Único carregado com R$ 7 em créditos para que eles fossem de metrô ou ônibus ao desfile de sua grife na abertura da 40ª edição de inverno do São Paulo Fashion Week, na tarde de domingo (18).
O valor era suficiente para os convidados irem e voltarem de transporte público ao desfile, que aconteceu na sede da Prefeitura da cidade. O estilista Ronaldo Fraga, o prefeito Fernando Haddad e sua esposa Ana Estela Haddad foram alguns dos convidados que aceitaram a ideia e usaram o cartão de passagens customizado por Herchcovitch.
Como já se esperava, Herchcovitch também usou o transporte público para ir ao desfile. O próprio publicou no Instagram uma imagem sua no vagão do metrô, com a legenda: “Indo para o trabalho hoje de metrô”.
Em entrevista ao portal “UOL“, Haddad apoiou a iniciativa e disse que ela está de acordo com a mudança que vem ocorrendo na cidade, em que cada vez mais pessoas optam pela mobilidade alternativa. “Viemos de ônibus. O próprio Alexandre usa bastante metrô no dia a dia dele. É uma forma de olhar a cidade de outra maneira. E quando ele veste as pessoas está tentando também olhar para elas de uma forma diferente. É o mesmo exercício”, disse o prefeito.
Ronaldo Fraga, que mora na Avenida Paulista, foi ao centro da cidade de metrô. “Se não vivermos os espaços públicos e serviços públicos, não viveremos o Brasil real e não cobraremos essas melhorias”, afirmou.
No entanto, alguns convidados ignoraram o Bilhete Único e assumiram que preferiram ir de carro ou táxi ao local. A consultora Costanza Pascolato, por exemplo, disse que só percebeu no dia do evento que o convite era um Bilhete Único.
“Essa iniciativa também faz parte da característica que o Alexandre tem de interpretar questões diversas para o trabalho dele. Eu particularmente tenho o privilégio de ter um motorista que trabalha há 18 anos comigo e me leva aos lugares com um pouco mais de conforto”, explicou.