Saiba quanto o governo está desembolsando para a Globo visando a reeleição
A principal emissora alvo de críticas do governo e dos apoiadores de Bolsonaro chegou a receber mais que o SBT e a Record em 2022
Conhecido pelos imensuráveis ataques à Globo, maior rede de Televisão do Brasil, o governo Jair Bolsonaro (PL) aumentou em 75% o gasto com publicidade na emissora de janeiro a junho de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado. O presidente é pré-candidato à reeleição e usa o espaço institucional na mídia para divulgar obras e programas feitos nos últimos quatro anos.
De 1º de janeiro a 21 de junho do ano passado, a Globo recebeu R$ 6,5 milhões em valores líquidos pagos por materiais publicitários de televisão.
Em 2022, no mesmo período, é possível observar um aumento de 75% (R$ 11,4 milhões). Os dados são da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência), órgão responsável pelas contratações na área de publicidade e propaganda do governo federal.
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O levantamento do UOL mostra uma mudança no perfil de investimento feito pela Secretaria Especial. Na TV, o Palácio do Planalto priorizou as campanhas institucionais, sendo assim, as que mostram os feitos da gestão e ajudam a inflar a popularidade do presidente.
Em 2021, a Secom comprou espaço publicitário na Globo para 46 inserções publicitárias categorizadas como “utilidade pública” e só dez para materiais institucionais. Já de 1º de janeiro a 21 de junho deste ano, são 72 campanhas institucionais na maior emissora do país e apenas duas são de “utilidade pública”.
O valor investido em publicidade na Globo (R$ 11,4 milhões) em 2022 chega a 41% do montante total destinado à compra de espaço publicitário na emissora (R$ 27,5 milhões) em quatro anos de Bolsonaro na presidência.
SBT e Record atrás da Globo
O ano eleitoral é único, nos últimos 4 de mandato, que o presidente priorizou a Globo em detrimento da Record e SBT.
Com tudo somado, as cinco maiores emissoras de TV aberta (Globo, SBT, Rede TV, Record e Band) receberam em 2022 montante de pouco mais de R$ 33 milhões — maior valor desde 2019, ano em que Bolsonaro assumiu o comando do governo federal e que foi marcado por uma campanha em massa de divulgação da reforma da Previdência. Naquele ano, as cinco emissoras faturaram R$ 30,4 milhões em valores líquidos.
Com informações do UOL.