Sexo casual: você está preparada para isso?
Texto escrito por Aline Vallim, colunista do Superela.
Não é sobre fazer ou não, querer ou não. Boa parte dos dilemas gerados por esse assunto, ou como nos sentimos sobre ele, estão ligados diretamente a desconstruir o que nos foi passado intrinsecamente pela educação, pelos valores patriarcais, por tudo o que nos poda ou nos julga a fim de nos fazer sentir mal.
O cara quis rachar a conta do Motel: “Nossa, me senti mal mas não sei a razão”. Eu quis dar pro cara e dei de primeira: “E me senti tão mal e desvalorizada”. A gente transa de vez em quando, eu nem gosto dele, mas me sinto mal logo depois que terminamos o sexo: “Me sinto suja.” “Me sinto usada.” “Me sinto diminuída.”
São situações as quais, por muitos anos, as mulheres não passavam com frequência, ou mais certamente, nunca. As coisas vêm mudando e com uma velocidade tão grande que a gente acha que está acompanhando, mas se procurarmos bem dentro da gente, há sempre um sentimento escondido ou uma impressão infundada, que nos faz refletir a respeito.
O sexo casual é exatamente um desses tópicos ainda meio dúbios, ainda meio tabu, ainda meio mal compreendido, mas que necessitamos esclarecer dentro de nós. O sexo casual é só pele, aquele sexo que pode rolar uma vez por semana, cinco vezes por semana e se não rolar nenhuma vez na semana seguinte e o cara sumir, ok (leia mais aqui). Porque é casual. Justamente por isso.
Aí, ele reaparece do nada, duas semanas depois querendo mais sexo, mais suor, mais calcinha no chão, mais tiro porrada e bomba. E some. E aparece. E aparece seguidas vezes, com frequência de peguete sério, mas sem ser. E desaparece. E aparece. Justamente por essa falta de constância, rotina ou regras, parece muito com uma armadilha que se apresenta despretensiosa. Mas que, caso você não esteja certa do que quer e de como quer, acaba te surpreendendo de uma forma negativa. Se apaixonar pelo cara que SÓ quer transar, é possível? Claro que é. Você quer isso para você? Claro que não.
A única regra que existe em relação a esse tipo de sexo é: saber qual é a vibe do momento no seu coração, no seu corpo, na sua cabeça. Apenas.
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