Simone Biles revela que abuso sexual a afetou na Olimpíada
Atleta desistiu de parte das competições em Tóquio devido a questões emocionais
A ginasta Simone Biles revelou, em entrevista ao “Today Show”, da NBC, que ter sido vítima de abuso sexual afetou a sua saúde mental e, consequentemente, pode ter comprometido o seu desempenho nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
“Agora que penso nisso, talvez na minha cabeça, provavelmente sim”, disse a atleta ao ser questionada sobre o caso. “Existem gatilhos que não conhecemos, e eu acredito que posso tê-los.”
Larry Nassar, médico da equipe norte-americana por 18 anos, foi acusado de abusar sexualmente de centenas de meninas e jovens da equipe de ginástica dos EUA, incluindo Simone Biles. Em 2017, ele foi condenado a 175 anos de prisão pelos crimes.
- Escovar os dentes ajuda a prevenir grave doença, revela Harvard
- América Central: 5 países para incluir na sua próxima viagem
- Férias com crianças a 40 minutos de São Paulo
- Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
Biles desistiu de parte das competições. Ainda assim, ela voltou aos EUA com uma medalha de prata e uma de bronze.
“Ainda temos que proteger os atletas e descobrir por que isso aconteceu, quando e quem sabia”, disse a medalhista.
Revelação
Uma das sensações dos Jogos Olímpicos de 2016, que aconteceram no Rio de Janeiro, a ginasta Simone Biles contou que foi vítima de abuso sexual em 2018. Segundo a mensagem da ginasta postada no Instagram, ela também teria sido abusada por Nassar.
“Eu também sou uma das muitas sobreviventes que foi abusada sexualmente por Larry Nassar”, escreveu. “Por favor, acreditem quando eu digo que foi muito mais difícil falar estas palavras em voz alta do que está sendo agora colocar no papel.”
“Não é normal receber qualquer tipo de tratamento de um médico e se referir a ele horrivelmente como tratamento ‘especial’”, prossegue a ginasta. “Este comportamento é totalmente inaceitável, abominável e abusivo, especialmente vindo de alguém que diziam que você devia confiar.”
“Por muitas vezes me questionei. Eu estava sendo muito ingênua? Foi minha culpa”, a ginasta vencedora de quatro medalhas olímpicas no Rio de Janeiro se pergunta. Agora eu sei responder a estas perguntas. Não. Não foi minha culpa.”