Sindicalista dá invertida em Bocardi ao vivo na Globo e viraliza
O jornalista questionou o presidente do Sindicato dos Metroviários de SP se há legitimidade em realizar uma greve durante a pandemia do novo coronavírus
O sindicalista Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos Metroviários de SP, deu uma invertida, ao vivo, no jornalista Rodrigo Bocardi, âncora do “Bom Dia São Paulo”, da TV Globo, nesta terça-feira, 28, e viralizou na web. O apresentador questionou se há legitimidade em realizar uma greve durante a pandemia do novo coronavírus.
“Como o sindicato enxerga uma greve, em meio à pandemia, de um serviço essencial que transporta milhões de pessoas que tiveram redução de seu salário, que estão em busca de emprego? Vocês acham razoável uma paralisação no meio de uma pandemia?”, perguntou Bocardi.
Em resposta, o sindicalista lembrou de uma reportagem do G1 (que pertence a TV Globo) sobre o crescimento do patrimônio de 42 bilionários brasileiros, em 34 bilhões de dólares, durante a pandemia, enquanto os trabalhadores arcam com os impactos negativos gerados pela covid-19.
- Metrô de SP está em greve; veja o que se sabe e previsão para normalizar
- Maria Beltrão comete gafe ao vivo no ‘É de Casa’ e viraliza; veja vídeo
- Médicos da rede municipal de São Paulo vão entrar em greve
- Bocardi é acusado de só ler posts que ‘lambem ele’ e debocha ao vivo
“É justo os mais ricos, os bilionários desse país, ficarem mais ricos na pandemia? Tá errado. A luta dos metroviários foi para resistir, para que a gente mantenha o nosso nível de vida. A pergunta é: por que os bilionários ficam mais ricos e os trabalhadores têm que pagar o custo desta crise que eles mesmos criaram?”, respondeu o presidente do Sindicato dos Metroviários.
O nome de Bocardi foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter e a publicação do metroviário, Vitor Ribeiro, passou de 14 mil compartilhamentos e 48 mil curtidas.
O Sindicato da categoria decidiu suspender a greve que começaria na madrugada desta terça-feira, após o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, confirmar que o governo aceitou o acordo proposto pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Com a decisão, o Metrô desistiu de cortar em 50% os adicionais de hora extra e noturno. O corte será mantido pelos próximos seis meses e depois a empresa voltará a pagar, inclusive o que ficou devendo. O corte no plano de saúde dos metroviários também foi suspenso.
Confira abaixo a íntegra da proposta:
1 – Manutenção do adicional noturno de 50% com o pagamento de adicional noturno de 25% pelo período de 06 meses, e o adiamento da diferença de 25% do adicional noturno, que devem ser pagos integralmente nos 6 (seis) meses subsequentes;
2 – Manutenção da Gratificação por Tempo de Serviço, com a garantia dos valores adquiridos até 30/04/2020, e a suspensão da aplicabilidade do percentual pelo período de 6 (seis) meses (01/05/2020 à 01/11/2020), retomando-se o pagamento do direito adquirido neste período no 7° mês, com o consequente pagamento dos respectivos valores retroativos à data de aquisição da progressão;
3 – Manutenção do adicional normativo de férias, com o adiamento do pagamento da diferença entre o valor do adicional normativo e o 1/3 constitucional, pelo período de 6 (seis) meses, com o consequente pagamento no 7° mês dos respectivos valores retroativos à data do gozo. Com a realização do acordo, os valores de auxílio transporte suprimidos a partir de 30/06, serão ressarcidos;
4 – Renovação do ACT, em todas as suas cláusulas, por 12 meses com vigência de 01/05/2020 a 30/04/2021/
5 – Manutenção do adicional de horas extras de 100%, com o pagamento de adicional de 50% pelo período de 6 meses, e o adiamento da diferença de 50% dos adicionais de horas extas, que devem ser pegos integralmente nos 6 meses subsequentes, exceto as horas extras compulsórias, que devem ser pagos integralmente (100%).