Suspeita de estupro: José Dumont diz se considerar padrinho de garoto
O artista também responde por pedofilia; O MP apura outra denúncia de estupro de vulnerável contra o ator que teria em 2009 abusado de crianças na Paraíba
A defesa de José Dumont alega que o ator se considera padrinho do garoto que suspostamente ele teria estuprado. Foi feito um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na última sexta-feira, 16, mas foi negado no no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça no último sábado. A equipe de advocacia do ator diz que ele conhece o garoto há mais de um ano e desde então tem ajudado a família com presentes, roupas e dinheiro.
Dumont foi preso em flagrante na última quinta-feira, 15, por guardar vídeos e fotos de pornografia infantil. O artista também é alvo de uma investigação por suspeita de ter estuprado uma criança de 12 anos. No pedido de habeas corpus, os advogados dizem que o garoto acompanhava Dumont de forma usual até a portaria de seu prédio e que os dois se despediam com beijo e abraço, sem qualquer conotação sexual. Os advogados falam que o ator “possui muito carinho pela criança e se considera padrinho da mesma, razão pela qual passou a ajudar a família com presentes, roupas e dinheiro”.
Durante a prisão em flagrante, os policiais acharam aproximadamente 240 arquivos, entre imagens e vídeos, de pornografia infantil, que estavam armazenados em um telefone celular e um computador do ator. Também foi encontrado, na mesma operação, um comprovante de depósito bancário para uma suposta vítima de abuso sexual, investigação que motivou a operação de busca e apreensão. O artista já era investigado pela DCAV pelo estupro de um menino de 12 anos, que teria recebido os mil reais do ator depois do crime.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) anunciou, nesta última segunda-feira, 19, ter requerido a retomada das investigações de um inquérito policial que apura uma denúncia de crime de estupro de vulnerável contra José Dumont. Segundo o relato de duas testemunhas, o delito teria acontecido em 2009, no interior de um apartamento onde o ator se hospedava, no município de Cabedelo, e envolveria meninos na faixa etária de oito a 14 anos.
Ainda de acordo com o Ministério Público da Paraíba, a estimativa é a de que José Dumont, que está preso no Rio, seja ouvido sobre o caso nos próximos 30 dias. A tendência é a de que o ator seja interrogado pela polícia paraibana pelo sistema de videoconferência. De acordo com o MPPB, o inquérito estava parado desde 2013, depois de tentativas fracassadas de localizar e ouvir o ator, no Rio e em São Paulo por carta precatória. Ainda de acordo com o MPPB, o inquérito foi encaminhado para a autoridade policial com um pedido para que às vítimas do suposto crime sejam identificadas e ouvidas.
Como a investigação não achou indícios suficientes da autoria do crime, o ator não foi denunciado pelo Ministério Público. O caso veio á tona após duas mulheres procurarem o Ministério Público Federal ( MPF) para denunciar que o ator levava crianças para seu apartamento. O MPF encaminhou a denúncia para o Ministério Público estadual que ouviu as duas testemunhas e ainda uma terceira pessoa. Esta última também afirmou ter visto o artista levando meninos para seu apartamento.