Suspeito de aplicar golpe em Juliana Paes e outros famosos é preso em SP

A atriz da Globo foi uma das vítimas que mais ficou no prejuízo: foram quase R$ 500 mil perdidos

Homem acusado de aplicar golpes em famosos, entre eles os atores Juliana Paes e Murilo Rosa, foi preso nesta segunda-feira, 13, em Jacareí, interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, o acusado teve pedido de prisão pelo crime de estelionato negado pela Justiça, no entanto, foi detido com arma e munições ilegais em uma ação de busca e apreensão.

Suspeito de praticar golpe em Juliana Paes e outros famosos é preso em SP
Créditos: Reprodução/Instagram @julianapaes
Suspeito de praticar golpe em Juliana Paes e outros famosos é preso em SP

Ele foi denunciado com outras três pessoas por golpes em que pegavam dinheiro como investimento de artistas e esportistas famosos com promessa de retorno financeiro de até 8% do valor investido mensalmente. No esquema, o grupo golpeou a atriz Juliana Paes, que perdeu R$ 480 mil.

Em maio, o Ministério Público pediu a prisão do grupo, que era investigado desde 2017, porém a Justiça negou. Desde então, de acordo com a Polícia Civil, um dos integrantes está em uma fazenda Jacareí, São Paulo. Ele foi preso na manhã desta segunda-feira, 13, depois que a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão depois de denúncias de que ele andava armado na propriedade e teria feito ameaças um vizinho.

Com o homem de 41 anos, a polícia achou uma arma com numeração raspada, além de munições. O homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e encaminhado para a delegacia. Segundo a polícia, ele ficará preso e vai ser encaminhado para a cadeia de Jacareí.

A polícia informou que, em depoimento, o homem falou que estava desde março em Jacareí, onde adquiriu uma fazenda no bairro Jardim Santana para a criação de gado de cativeiro. No local, foram achados cerca de R$ 200 mil em animais, que eram vendidos no Vale.

Quatro pessoas faziam parte da quadrilha: duas que negociavam e convenciam as vítimas e um casal recebia todo o dinheiro e, supostamente faziam aplicações na compra de carros seminovos através de uma empresa de fachada.

As vítimas eram convencidas pela quadrilha de que receberiam lucro entre 4% e 8% mensalmente. O investimento previa, de acordo com os golpistas explicavam, a aquisição de carros seminovos no mercado a baixos preços. Logo após, a associação revenderia esses carros a concessionárias com sobrepreço.

O dinheiro recebido, no entanto, não vinha do investimento, mas sim, de novas vítimas que passavam a integrar o esquema. Os criminosos repassavam, nos primeiros meses, retorno financeiro às vítimas, para dar alguma credibilidade e fazer com que as vítimas trouxessem novos interessados ao esquema.