Tecnologia permite a comunicação direta entre cérebros
Telepatia é comum em filmes de ficção científica. Mas e se todas as previsões encontradas no cinema norte-americano estivessem certas? E se os nossos cérebros pudessem interagir diretamente uns com os outros, sem o uso da linguagem? A ideia não parece tão longe de se concretizar de acordo com um estudo promovido por um grupo de neurocientista e especialistas em robótica da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Após anos de trabalho e pesquisa, os investigadores demonstram que a comunicação direta entre cérebros é possível. Em uma experiência-teste em agosto deste ano, um estudante, equipado como uma touca de EEG (Eletroencefalograma), controlou com sucesso a mão de um colega apenas com o ‘poder da mente’. Ambos estavam em salas diferentes e o objetivo era usar a comunicação direta entre cérebros para jogarem, juntos, um jogo de computador.
Eis o que acontece: eletros presos no couro cabeludo, tanto do emissor, como do receptor da mensagem, captam as concorrentes elétricas do cérebro do emissor enquanto o indivíduo pensa em uma ação, como mover um braço ou perna. O computador então interpreta o sinal emitido, e o receptor executa o movimento, por exemplo.
No caso da experiência o emissor deveria pensar estrategicamente em um jogo de computador cujo objetivo era defender a cidade disparando canhões. Na hora de dispará-los virtualmente, os sinais da ação eram transmitidas por correntes elétricas para o cérebro do receptor, por meio de estimulação não-invasiva. A partir da mensagem, a mão do receptor, imediatamente, clicava no mouse do computador para disparar o canhão.
A equipe responsável pelo estudo ganhou aproximadamente US$ 1 milhão (R$ 2,5 milhões) para fazer uma pesquisa mais aprofundada na comunicação direta entre cérebros.