“Tubarões-cocaína” são encontrados em águas brasileiras

Tubarões brasileiros contaminados por cocaína alertam para crise ambiental

26/09/2025 12:26

Pesquisadores identificaram vestígios de cocaína em tubarões capturados na costa brasileira. O achado acende alerta sobre poluição marinha e riscos ecológicos.

Entenda como o estudo foi feito, possíveis origens da contaminação e impactos para os ecossistemas costeiros.

"Tubarões-cocaína" são encontrados em águas brasileiras
A presença de cocaína no ambiente aquático pode resultar de múltiplas vias.

Como os pesquisadores detectaram cocaína em tubarões no Brasil?

O trabalho analisou tecidos como músculo e fígado de exemplares costeiros, usando métodos validados de toxicologia. As etapas passaram por controles para reduzir interferências e falsos positivos.

De forma simplificada, o percurso científico seguiu etapas essenciais:

  • Coleta padronizada dos peixes, com registro de local, data e características biológicas.
  • Preparo das amostras e extração dos analitos em condições controladas de laboratório.
  • Quantificação instrumental por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas.
  • Busca de metabólitos como a benzoylecgonina e comparação com padrões de referência.
"Tubarões-cocaína" são encontrados em águas brasileiras
A presença de cocaína no ambiente aquático pode resultar de múltiplas vias

De onde vêm as drogas que chegam ao mar?

A presença de cocaína no ambiente aquático pode resultar de múltiplas vias. Entre elas estão esgoto urbano insuficientemente tratado, resíduos de produção clandestina e perdas durante rotas ilícitas.

Correntes, marés e cadeias alimentares espalham e concentram contaminantes. Em áreas costeiras densamente povoadas, o risco de exposição tende a ser maior.

Quais impactos a cocaína pode causar nos tubarões e no ecossistema?

Os efeitos específicos ainda estão em estudo, mas a ecotoxicologia oferece sinais de alerta. Veja os principais riscos levantados por pesquisadores:

  • Alterações comportamentais e sensoriais, com possível prejuízo à navegação e à predação.
  • Estresse fisiológico e disfunções endócrinas, afetando respostas ao ambiente.
  • Comprometimento reprodutivo e do desenvolvimento embrionário em espécies sensíveis.
  • Bioacumulação e biomagnificação ao longo da cadeia alimentar marinha.
  • Potencial exposição humana via consumo de pescado, dependendo de hábitos locais e concentrações.

Que medidas podem reduzir essa poluição química nas costas brasileiras?

A mitigação exige combinação de políticas públicas e ciência aplicada. Monitoramentos de contaminantes emergentes, ampliação do tratamento de esgoto e fiscalização ambiental consistente são pilares.

Protocolos padronizados de amostragem, cooperação entre universidades e órgãos ambientais e transparência de dados fortalecem decisões baseadas em evidências. A educação ambiental costeira ajuda a inibir descarte irregular e a promover práticas mais seguras.

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