Vídeo da briga entre Dudu do Palmeiras e a esposa é divulgado

"Me machuca. Tá doendo até agora", afirmou a modelo Mallu Ohanna,

24/06/2020 16:35

Após a modelo Mallu Ohanna, esposa do jogador do Palmeiras Dudu, acusar o marido de agressão, na segunda-feira, 22, foi divulgado na noite de ontem, 23, pelo portal UOL, o vídeo que mostra o momento da briga entre o casal. Nas imagens é possível ver troca de empurrões e uma confusão dentro de um carro preto.

Vídeo da briga entre Dudu do Palmeiras e a esposa é divulgado
Vídeo da briga entre Dudu do Palmeiras e a esposa é divulgado - Reprodução/Instagram

“Esses são os vídeos do lado de fora. Eu tento pegar o celular. Nos empurramos. Quando entro no carro, ele puxa meu cabelo, me agride. E o assessor dele, o Thiago, me puxa forte pelo ombro para que eu não entrasse. Me machuca. Tá doendo até agora. Quero saber por que ele não entregou os vídeos de dentro da garagem. Mas eu vou entregar aqui. Me agride ainda mais”, explicou a modelo ao UOL.

Em depoimento à polícia, Mallu relatou ter sido agredida pelo jogador com socos na cabeça, na região do peito e puxões de cabelo ao encontrá-lo na garagem do imóvel em que ela mora. Funcionários que trabalham para ambos tiveram que intervir.

Entenda o caso

Na última terça-feira (23), Mallu Ohanna deu uma entrevista ao colunista Leo Dias, revelando que foi agredida pelo atacante, com quem teve dois filhos em 11 anos de relacionamento.

“Assim como ele é agressivo em campo ele foi comigo esses anos todos. Tenho provas testemunhais tanto da família dele, que já presenciou várias vezes, como da minha. Apanhei nas minhas duas gestações. Quando estava grávida do meu segundo filho, ele chegou a bater com a porta do carro na minha barriga. Já fui, grávida, buscá-lo na porta de motel. Mas ontem dei um basta. Não aguento mais apanhar calada. Hoje entrarei com medida restritiva contra ele”, disse Mallu.

Como denunciar violência doméstica

Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.

É ou conhece alguém que sofre qualquer tipo de violência? Saiba onde e como denunciar:

  • Disque 180

O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.

Os casos de violência doméstica que desembocam no Poder Judiciário têm início em diferentes canais do chamado Sistema de Justiça, como delegacias de polícia, disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas
Os casos de violência doméstica que desembocam no Poder Judiciário têm início em diferentes canais do chamado Sistema de Justiça, como delegacias de polícia, disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas - CNJ
  • Disque 100

O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.

  • Polícia Militar (190)

A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.

Atenção ao protocolo policial! O atendimento presencial de um chamado depende de muitos fatores, como a disponibilidade de uma viatura no momento e uma avaliação da gravidade da situação. A ameaça à vida e à integridade física de alguém são sempre prioridade em relação a outros chamados, por isso, é importante explicar exatamente o que está ocorrendo quando solicitar o atendimento ao 190. Fale se já ouviu outras discussões antes e ligue mais vezes caso a viatura demore a aparecer.

  • Defensoria Pública

A Defensoria Pública é uma instituição que presta assistência jurídica gratuita às pessoas que não podem pagar um advogado. Qualquer pessoa que receba até três salários mínimos por mês (cerca de R$2862,00) ou possa comprovar que, mesmo recebendo mais, não tem condições de pagar um advogado particular, tem direito de ser atendido. Pode procurar esse serviço quem está sendo processado e precisa se defender, quem quer propor uma ação nova para garantir seus direitos (como por exemplo, uma ação pedindo a guarda dos filhos ou uma ação criminal contra algum agressor) ou apenas quem busca uma orientação jurídica.

No caso de violência doméstica, a Defensoria Pública pode auxiliar a vítima pedindo uma medida protetiva a um juiz ou juíza. Essa medida de urgência inclui o afastamento do agressor do lar ou local de convivência com a vítima; a fixação de limite mínimo de distância de que o agressor fica proibido de ultrapassar em relação à vítima; a proibição de o agressor entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas por qualquer meio; a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, se for o caso; a restrição ou suspensão de visitas do agressor aos filhos menores; entre outras, como pedidos de divórcio, pensão alimentícia e encaminhamento psicossocial.

  • Delegacia da Mulher

Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.

Entretanto, no mapa abaixo você consegue verificar a localização das delegacias da mulher com funcionamento 24 horas no país: