Gustavo Rocha e Matheus Mazzafera são acusados de racismo
Em vídeo, Gustavo diz que gosta de “pegar” homens "maloka"
Os influenciadores digitais Gustavo Rocha e Matheus Mazzafera estão sendo acusados de racismo por internautas após bate-papo sobre o estilo de homens eles preferem namorar.
Em um trecho do vídeo que circula nas redes sociais, Gustavo diz que gosta de “pegar” homens “maloka”, para se referir aos homens negros que moram nas comunidades.
“Quanto mais estragado for, melhor. Para namorar não, mas eu sinto atração pelos ‘malokas’”, disse o influenciador em vídeo. Matheus Mazzafera riu da situação e falou sobre seu tipo de namorado: “Eu sempre gosto dos tautados, mas meu ex-namorado é loiro e branquinho”, conta o YouTuber.
Gustavo complementou ao assunto e falou: “Para namorar não. Não é meu estilo”.
As declarações dos influenciadores geraram revolta nas redes sociais e muitas internautas acusaram os dois de racismo.
“Quando você resolveu sair publicamente do armário, eu solidarizei porque entendo o processo. Você foi atacado e passei a te seguir porque achava que você precisaria de apoio. Sei lá. MAS QUE MERDA DE DIÁLOGO É ESSE?”, escreveu um internauta.
Oi @gusrochaa! Tudo bem?
Quando você resolveu sair publicamente do armário, eu solidarizei porque entendo o processo. Você foi atacado e passei a te seguir porque achava que você precisaria de apoio. Sei lá.MAS QUE MERDA DE DIÁLOGO É ESSE? pic.twitter.com/s6QPfuECB7
— B Ξ N I 🏳️🌈 (@benifalcone) November 16, 2020
Após o vídeo viralizar negativamente, Gustavo usou as redes sociais para dizer que foi mal interpretado por usar o termo “maloka”.
“Gente, vamos lá! Eu quero esclarecer sobre a interpretação que algumas pessoas tiraram da minha fala no vídeo. Pra mim, “maloka’ não está relacionado a cor da pele de alguém e sim de quem gosta de ‘zoeira’ na noitada, ou como um ‘estilo de vida’.”, escreveu no Twitter.
Gente, vamos lá! Eu quero esclarecer sobre a interpretação que algumas pessoas tiraram da minha fala no vídeo.
Pra mim, "maloka' não está relacionado a cor da pele de alguém e sim de quem gosta de 'zoeira' na noitada, ou como um ‘estilo de vida’.
— Gustavo Rocha (@gusrochaa) November 16, 2020
Ele ainda tenta se justificar: “Eu abomino qualquer tipo de racismo e meus seguidores sabem disto. Acusar uma pessoa de racismo é sério e é crime.
Mas como eu estou neste mundo para compartilhar amor, não me incomodo nem um pouco de pedir perdão a quem ficou magoado – minha intenção jamais foi essa.”
Eu abomino qualquer tipo de racismo e meus seguidores sabem disto. Acusar uma pessoa de racismo é sério e é crime.
Mas como eu estou neste mundo para compartilhar amor, não me incomodo nem um pouco de pedir perdão a quem ficou magoado – minha intenção jamais foi essa.
— Gustavo Rocha (@gusrochaa) November 16, 2020
Veja repercussão no Twitter:
Vêm aí Vídeo da Pepita feat Matheus Mazzafera e Gustavo Rocha, ela explicando pra eles a problemática da fala já que é amiguinha dele, ele que diz que tá se desconstruindo tendo 57 anos nas costas pic.twitter.com/XX8QLGq3Pl
— Julinha (@Suzy20201313) November 16, 2020
Gustavo Rocha e Matheus Mazzafera são aquelas gays brancas privilegiadas que quando se junta só sair merda pic.twitter.com/RMBzxqqDIv
— PATRÍCK. (@pedelirio) November 16, 2020
Uma moça hétero do trabalho antigo pra mim: COMO VC NÃO CONHECE MATHEUS MAZZAFERA AAAAMO PI PI PI PO PO PO
Quando ela me mostrou um vídeo, terminei com cara de nojinho
Agora que sei quem é posso reforçar minha cara de nojo vendo ele nos trends
O outro: WHO? Prefiro não saber pic.twitter.com/zV8nw6GEq2
— Brand Rabadon (@MogRapha) November 16, 2020
A galera AINDA fica surpresa com o comportamento e perguntas do Matheus Mazzafera….. SÉRIO?!!!
— Roberta ✨ (@_katyflawless) November 16, 2020
Matheus Mazzafera é a gay mais desnecessária que existe, força o entrevistado a responder cada pergunta inconveniente, não sei como que ainda tem palco pic.twitter.com/K8MKT8TCNS
— Manu 🍒 (@__mirana) November 16, 2020
Racismo é crime. Denuncie!
Cenas como essa que acabamos de ver ainda é muito comum no Brasil, infelizmente. Uma forma de conter o avanço do racismo no Brasil é sempre denunciar o agressor. Afinal, racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.