A história por trás das capas de revistas de moda
Em maio de 1989, a cantora norte-americana Madonna, com maiô e cabelos molhados, apareceu na capa da revista Vogue norte-americana. Esta era a segunda capa da publicação sob o comando da recém-chegada jovem editora Anna Wintour, que mudou a linha editorial da revista e também os parâmetros de todas as publicações do segmento da moda.
Seguindo a mesma linha de sua concorrente em 1989, a revista Elle, também focada em moda feminina, mudou sua linha editorial para atingir um público jovem. Para diferenciar-se da Vogue, os editores lançaram uma edição que apenas apresentava uma modelo que não fazia tanto sucesso na época na capa.
Como a fórmula não deu certo, todas as revistas de moda da época começaram a seguir um mesmo padrão de capa: uma modelo ou uma celebridade em um único plano de fundo, com a imagem registrada em estúdio de fotografia e vestindo roupas de alta costura.
“O fato de colocarem celebridades nas capas das revistas de moda nos anos 80 atingiu um público ‘mainstream’, que não se resumia apenas a elite (antigo público-alvo das publicações de moda)”, explica ao jornal El Pais, Empar Pietro, diretora da revista SModa.
No entanto, a Vogue não foi a primeira revista a inovar na capa com pessoas famosas. A publicação ‘Harper’s Bazaar’ já havia testado o novo modelo, mas apenas apostava em celebridades dos anos cinquenta e sessenta. Já a Vogue inovou com duas pessoas que estavam no auge de suas carreiras.
Agora que as revistas de moda estão destinadas a um público massivo, o passo seguinte é conseguir que sejam virais. Por isso, os editores das publicações, procuram realizar entrevistas exclusivas com os famosos, como Angelina Jolie, na última Vogue norte-americana. Mas também se arriscam com personagens menos conhecidos, como blogueiras que fazem sucesso nas redes sociais.
Fonte: El País
