Artista cria ilusão de ótica em corpos nus
Durante séculos diversos artistas se dedicaram a pintar a beleza natural do corpo feminino nu.
No entanto, obcecados pelas curvas da anatomia feminina, alguns destes pintores foram mais longe e abandonaram a tela, adotando como matriz para sua arte o próprio corpo. Assim, deixaram de pintar sobre o corpo para pintar no corpo.
Adepta desta linha, Emma Hack é uma das figuras-chave no mundo da arte contemporânea aplicada na pele e na pintura de corpos nus. Trata-se de uma obra camaleônica e hipnótica, meticulosa, repleta de padrões vertiginosos e cores vibrantes, onde a figura humana acaba por tornar-se sutil e quase imperceptível, quase um fantasma se fundindo com o cenário e se transformando em uma coisa só.
- Artista multidisciplinar, Diego Barros Participa do Salão de Artes dos 200 anos da Marinha
- As fascinantes histórias que há por trás de 10 obras de arte famosas
- Madri: dicas para conhecer as principais obras do Museu do Prado
- Artista cria ensaio revolucionário sobre sexualidade feminina
Primeiros trabalhos
A obra de Hack começou ainda na escola, quando a australiana passou a estudar pintura facial e maquiagem, mais tarde estendendo seu hobby a todo o corpo. Foi assim que rapidamente ela dominou a prática exclusiva da ilustração na pele, combinando elementos de pintura, fotografia e performance para criar imagens deliciosamente vertiginosas.
A maioria das obras de hack levam de 15 a 19 horas para serem concluídas. Tempo que pode ser parecer longo para alguns, mas quando analisado da perspectiva de que ela simplesmente transforma um ser humano em uma ilusão de ótica, o tempo parece até curto.