Como padrões estéticos quase arruinaram uma relação entre mãe e filha

30/11/2015 15:49 / Atualizado em 22/03/2017 14:23

“Como sua mãe consegue se manter tão magra?”, foi o comentário que a britânica Daisy Buchanan, de 30 anos, mais ouviu durante toda a vida. Isso porque sua mãe, Anne, de 56 anos, pesa 50 quilos e não precisa fazer nenhum esforço para manter o peso, enquanto Daisy sempre foi considerada “a gorda da turma”, o alvo de bullying na escola, como ela conta em depoimento ao jornal Daily Mail.

Segundo Daisy, as comparações com a mãe e com as irmãs, que também são magras, sempre a incomodaram e, para compensar a frustração, ela recorria às guloseimas.  “Isso sempre me animava”. Por conta disso, ela sentia inveja da mãe e quanto mais as cobranças por fugir ao padrão do resto da família aumentavam, mais ela se afundava em uma depressão.

Depois de ter sido internada por falta de nutrientes, Daisy assumiu o formato do corpo e hoje é feliz (Anne – esquerda foto/ Daysy – direta)
Depois de ter sido internada por falta de nutrientes, Daisy assumiu o formato do corpo e hoje é feliz (Anne – esquerda foto/ Daysy – direta)

Como os pais nunca a incentivaram a fazer uma dieta ou praticar exercícios físicos, Daisy começou um regime alimentar por conta própria. Quando tinha 15 anos, foi internada em um hospital e diagnosticada com falta de nutrientes no corpo.

“Depois da internação, um médico explicou todos os perigos da minha dieta para minha saúde. Eu sofria risco de vida. Quando eu vi a cara dos meus pais com a notícia, percebi que não estava apenas me prejudicando. Redescobrir o prazer de comer foi difícil. Minha mãe sempre disse que toda comida é boa em moderação. Ela estava certa”, disse. “Eu apenas me preocupava com minha aparência e quase arruinei minha vida”, completou.

Hoje, Daisy é casada há dois meses e vive uma vida saudável ao lado do marido. O formato de seu corpo nunca mudou. “Todo mundo adora minha mãe, mas não tem nada a ver com o peso dela. É por que ela é engraçada, inteligente e gentil. A aparência não importa. Como você se sente e como trata as pessoas é o que conta”, completou.