Editorial do Vitrine Catraca Livre mostra as possibilidades da moda sem definição de gêneros

17/08/2015 10:10 / Atualizado em 22/03/2017 12:11

Divulgação
Divulgação

Estamos acostumados a nos ater a definições pré-concebidas para o que, supostamente deve ser utilizado como feminino e masculino na moda. Mulheres devem usar roupas delicadas e cheias de frufus, enquanto que os homens devem usar roupas austeras e discretas, certo? Errado. O estilo andrógino – que mistura características femininas e masculinas – quebra paradigmas sociais e não é de hoje.

Muito à frente de seu tempo, Gabrielle Chanel, criou um estilo que transcendeu sua época. No lugar dos desconfortáveis vestidos volumosos e espartilhos apertados usados pelas mulheres do início do século XX, a estilista ousou criar peças que costumavam ser destinadas apenas aos homens, como calças, camisas, paletós, coletes e até gravatas. Para a francesa, quanto menos detalhes a roupa de uma mulher tivesse, mais elegante ela estaria.

Depois da iniciativa de Chanel, a fusão de gêneros na moda nunca mais deixou de existir. Nos anos 30 as roupas masculinas usadas pela atriz alemã Marlene Dietrich a tornaram ícone de estilo que a faz ser referência até hoje.

Nos anos 60 e 70, a chegada da contracultura, do movimento feminista e de novas mudanças sociais fez o estilo andrógino ganhar um novo auge. Mick Jagger usou vestidos em alguns de seus shows, o camaleônico David Bowie ostentava maquiagem e roupas coladas, Ney Matogrosso brilhava com seu timbre e roupas femininas.

Gucci, Prada, Saint Laurent, Givenchy e outras marcas do maistream da moda, sempre flertam com a androginia em suas coleções e modelos como Rain Dove, Goan Fragoso, Andrej Pejic e Stella Tennant ganham espaço em desfiles e editoriais.

A moda é democrática e, muito mais do que lançar tendências, permite que as pessoas se expressem transitando entre as referências que mais a identificam. Intitulado “Transcenda”, o novo editorial produzido pelo Vitrine Catraca Livre trata da liberdade de gêneros na moda e mostra que cada pessoa deve se vestir da maneira que desejar, sem se apegar a padrões e estereótipos.

Confira as fotos e veja aqui nossa seleção de produtos que podem ser usados por homens e mulheres.

Sobre o Vitrine Catraca Livre

O Vitrine Catraca Livre é uma plataforma cujo intuito é dar espaço para que estilistas e designers talentosos promovam seu trabalho. Qualquer pessoa pode criar uma loja e vender seus produtos, desde que seja de confecção própria.

Antes de suas peças serem divulgadas, consultores de moda fazem uma curadoria que avalia a qualidade dos produtos que serão colocados à venda. Quanto melhor seu produto, maior destaque e divulgação você terá. Crie sua loja agora mesmo, é gratuito. Atenção: a cada compra, será cobrada uma taxa de 20%.

Créditos
Conceito e Estilo: Helo Takats
Fotografia: Latoya Winnie
Maquiagem: Helena Giovanni
Marcas: Mustache/Modernia/Senplo/Vis Design/Storia Lab/Ilumiô
Modelos: Vitor Monteiro/Bruna Oliveira/Ariane Lima/Gabriela Koiti
Fotos em parceria com estúdio ASA11
www.matheusbonafe.com