A propaganda de lingerie da forma como estamos acostumados mostra as mulheres através do ponto de vista masculino e a sexualidade sempre fica em primeiro plano. No entanto, algumas marcas já perceberam que muitas mulheres não desejam se encaixar no padrão de objetificação imposto e estão buscando novas alternativas de consumo.

Criada pela feminista Hayat Hachi, a grife Neon Moon já chama bastante atenção por utilizar mulheres comuns – bem diferentes das modelos de corpos esculturais das marcas convencionais – em suas campanhas. Sem nenhum tipo de edição de imagem, as fotos da marca desconstroem o padrão de beleza irreal e fazem com que todas as mulheres se sintam representadas. Agora, uma nova abordagem da empresa luta contra a transfobia e o chamado “body shaming” – que significa induzir as mulheres a se sentirem envergonhadas com seu corpo.

A campanha batizada de “#iAmNeonMoon” traz modelos de corpos e sexualidades distintos para promover a dedicação da marca à diversidade e à positividade do corpo – entre elas está uma modelo transexual. Além disso, uma delas raspou completamente a cabeça no decorrer da sessão de fotos, a fim de questionar a maneira com que a lingerie é modelada e comercializada em nossa sociedade: sempre focada em uma mulher de beleza irreal.

Desde o seu nascimento, a marca tem sido comercializada como “lingerie feminista” com sutiãs e calcinhas que dão o máximo conforto com preços que variam de $ 30 a $ 70.