Modelo mineira com marca de nascença é destaque fora do Brasil
Quando tinha seis anos, sem poder opinar, Mariana Mendes foi levada pela mãe a um dermatologista para iniciar as sessões de clareamento de uma marca de nascença que ocupa bem o centro de seu rosto.
O procedimento não obteve grandes resultados e, hoje, a pinta se tornou motivo de orgulho para a modelo mineira de 25 anos, que, também por conta da marca, ganhou destaque nas redes sociais. “Faz parte da minha personalidade”, disse Mariana em entrevista ao site Uol.
Segundo a reportagem, a medicina dá à pinta o nome de “nervo melanocítico congênito”, caso visto em aproximadamente 1% dos bebês nascidos no mundo.
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Mariana Mendes cresceu e nunca viu a marca de nascença como algo estranho a seu corpo, que tivesse a necessidade de ser escondido ou corrigido, por exemplo, com maquiagem.
A assimilação da pinta à sua identidade se deve bastante à sua mãe, que aprendeu a ver com naturalidade o detalhe na pele da filha.
“As pessoas costumavam questioná-la sobre o que eu tinha no rosto, e ela sempre respondeu como algo natural. Nenhuma reação chegou a me atingir a ponto de eu deixar de me gostar. Gosto da minha pinta e acho bonita”, comentou a modelo.
Ativista body positive assumida, a mineira tem um discurso contrário aos padrões de beleza, o qual ainda faz refém a indústria da moda e da beleza no Brasil.
“A moda do país anda muito devagar no sentido da inclusão. Já fiz trabalhos na Europa com modelos de todos os tipos. Lá eles dão muito mais valor”, disse ao Uol.
Após uma entrevista concedida ao britânico jornal The Sun, Mariana Mendes teve sua imagem propagada em veículos de comunicação dos quatro cantos do mundo, estampando publicações de países como China, Rússia, Alemanha, Estados Unidos, Itália e Chile.
Todo o destaque na mídia internacional possibilitou a entrada em um outro lado do universo da moda. Mariana abriu mão da carreira de estilista para se dedicar à vida em frente às câmeras.
“Nunca imaginei que pudesse ser modelo. Recentemente, tive que recusar algumas propostas de fora por conta da distância. Só que, para estourar no Brasil, eu sei que a visibilidade internacional é fundamental”, explicou.
Viver uma vida super ativa nas redes sociais, como uma pessoa pública, proporciona contato com um número muito maior de pessoas. Quanto aos haters, Mariana conta que são minoria comparados aos seguidores que se inspiram na sua imagem e são fãs de seu trabalho.
“Infelizmente, a sociedade é um pouco cruel”, diz. “Muitas vezes, a baixa autoestima vem mais do que a pessoa ouviu por aí do que de fato da maneira como ela se enxerga”, concluiu.
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