5 motivos para assistir ao filme ‘Olmo e a Gaivota’, de Petra Costa e Lea Glob
Por Heloisa Aun
Premiado no Festival do Rio 2015, “Olmo e a Gaivota“, novo filme da diretora Petra Costa (“Elena”, 2012), com codireção da dinamarquesa Lea Glob, traz a união entre ficção e realidade. Na obra, os atores do Théâtre du Soleil, Olivia Corsini e Serge Nicolaï, representam a si mesmos na experiência da gravidez real da atriz, enquanto é encenada a peça “A Gaivota”, do russo Tchekhov.
Os meses de gravidez se desdobram como um rito de passagem, forçando a atriz a confrontar seus sentimentos e medos mais obscuros. O desejo de Olivia por liberdade e sucesso profissional bate de frente com os limites impostos pelo seu próprio corpo. Ao se olhar no espelho, ela vê as duas personagens femininas de “A Gaivota” como reflexos de si mesma. Veja o trailer abaixo:
O filme está na programação da 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa nesta quinta-feira (22). Veja os horários e locais de exibição aqui.
Selecionamos 5 motivos para você assistir ao “Olmo e a Gaivota”. Confira:
1. O filme ganhou o prêmio de melhor documentário no 17º Festival do Rio, no dia 13 de outubro deste ano. Também foi premiado no 68º Festival de Locarno, onde fez sua estreia mundial no dia 10 de agosto.
2. É o segundo longa de Petra Costa, depois do elogiado “Elena” (2012), no qual a diretora se aprofunda na intimidade da própria família ao abordar de forma poética e abstrata o suicídio da irmã.
3. O documentário é produzido pela Zentropa Enterteinments (empresa de Lars Von Trier), pela produtora O Som e a Fúria (a mesma dos longas de Miguel Gomes e Manoel de Oliveira) e pela Busca Vida Filmes, do Brasil. Tim Robbins é o produtor executivo.
4. Embora tenha sido classificada como documentário no Festival do Rio, a obra explora a fronteira entre ficção e realidade. Em certo momento, o filme tem uma nova virada quando o que parece ser encenação revela-se como a própria vida. Ou seria o inverso? A investigação do processo criativo nos convida a questionar o que é real, o que é imaginado e o que sacrificamos e celebramos em nossas vidas.
5. A atriz italiana Olivia Corsini está de fato grávida, o que torna a trama ainda mais interessante. Durante as filmagens, ela teve que anotar os questionamentos sobre essa nova fase de sua vida, por exemplo, como equilibrar teatro e maternidade. Os relatos viraram narrações em “off”.