Na Inglaterra, pais protestam contra escolas: ‘Deixem nossos filhos serem crianças’
O aprendizado lúdico favorece o desenvolvimento educacional infantil. A discussão de como os educadores devem equilibrar a brincadeira com o ensinamento na sala de aula foi destaque na semana passada na Inglaterra. Seguindo este conceito, pais ingleses reivindicaram contra a pressão com que seus filhos têm sido avaliados na escola.
De acordo com o grupo – que iniciou a campanha “Deixem nossos filhos serem crianças” –, a escola tem realizado testes para crianças de seis e sete anos, com perguntas inapropriadas para as idades dos alunos, nas disciplinas de inglês e matemática.
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Assim, o grupo de 40 mil pais começou uma petição em uma rede social para que pais não levassem seus filhos à escola na semana passada, no dia 3 de maio.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Ben Ramalingam, disse que não levaria seu filho de cinco anos para a escola no dia, pois, segundo ele, não há nenhuma prova de que estes testes atuais melhoram o desenvolvimento educacional. O pai ainda citou que muitos países que possuem uma abordagem mais descontraída nas avaliações têm melhor desempenho em tabelas internacionais de educação.
‘O que se aprende sem alegria se esquece facilmente’, diz ditado finlandês
Seguindo o raciocínio deste pai inglês, o sistema educacional finlandês pode se tornar um exemplo. De acordo com o Conselho Nacional de Educação da Finlândia, o país exige que seus educadores de pré-escola ofereçam oportunidades de aprendizagem lúdica – incluindo tipos de brincar – para cada criança nessa etapa.
Para se ter uma ideia da diferença de ensino, nos Estados Unidos normalmente é esperado que os alunos do Jardim de Infância sejam capazes de ler livros com duas ou três frases de texto por página. E, este tipo de aprendizado, segundo a educação finlandesa, é destinado aos alunos da primeira série do Ensino Fundamental.
Levando em consideração que em 2014 a Finlândia ficou entre os cinco melhores sistemas de educação do mundo, o ditado finlandês “coisas que se aprende sem alegria se esquece facilmente” deve ser levado à sério.
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