Projeto leva à escola atividades para discutir com crianças o papel do pai nos cuidados da casa e dos filhos

Para discutir com os alunos o tema do papel do pai nos cuidados da casa e dos filhos, o projeto “Paternidade Participativa” da Escola de Ser, de Goiás, convidou meninos e meninas de 6 a 14 anos a uma imersão na rotina de cuidados de uma família com crianças pequenas.

A iniciativa traz para a rotina de atividades das crianças momentos de realização de tarefas domésticas, como lavar louças, rodas de conversas entre eles e famílias com crianças pequenas, e até a oportunidade das crianças se aproximarem dos bebês e participarem dos cuidados com eles (aprendendo a trocar fraldas, por exemplo).

Na foto, o estudante Paulo César Cruz da Silva aprende a trocar a fralda de um bebê. “Acho que não deve ser fácil, por isso dá um medo de fazer algo errado”, disse.
Na foto, o estudante Paulo César Cruz da Silva aprende a trocar a fralda de um bebê. “Acho que não deve ser fácil, por isso dá um medo de fazer algo errado”, disse.

Para a diretora da escola, Caroline Arcari, o objetivo do projeto é mostrar às crianças, desde cedo, que homens e mulheres devem cuidar da casa e da família da mesma maneira. “Normalmente a gente ensina os meninos a serem mais agressivos e quando eles pegam em uma boneca a família já fica preocupada. Isso é cultural. Então eles não têm essa oportunidade de entender qual é o papel da paternidade, de ser carinhoso, e todos eles são assim, desde que seja permitido”, afirmou em entrevista à TV Anhanguera.

Para a diretora da escola, é importante que as famílias incentivem esse tipo de projeto. “É muito legal poder passar esse recado e pedir que os pais deixem os meninos terem esse contato com bonecas e bebês, pois isso vai aguçar a sensibilidade e a gente precisa disso na nossa sociedade, pessoas empáticas, sensíveis, e aí a gente vai chegar a um mundo mais igualitário, mais gentil e de respeito”, concluiu.

#maispresença

Qual o papel do pai na criação e cuidados dos filhos? A resposta é simples, à exceção de de gestar, parir e amamentar, o pai pode fazer tudo o que a mãe faz. Indo um pouco mais além, pai que é pai não ajuda, faz junto. Apesar disso, a participação ativa do homem nos cuidados dos filhos ainda não é realidade para muitas famílias. “O homem, socialmente, é convidado o tempo todo a viver o papel do provedor ausente”, afirma o pediatra Carlos Alberto Corrêa, conhecido como Cacá.

O vídeo abaixo traz depoimentos de uma família, e do pediatra Cacá, sobre o tema. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=863IfzloJVs

Com informações de G1.