Alunas se organizam contra proibição: Vai ter calça legging, sim!
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Eduardo Prado, zona leste de São Paulo (SP) está sendo palco de uma iniciativa de protagonismo de jovens mobilizadas contra o machismo. Tudo começou quando a escola proibiu o uso de calças leggings. “O movimento começou exatamente quando a escola nos proibiu de usar [calça] legging na aula de educação física por conta dos meninos. Diziam que a calça marcava nossos corpos e que eles não se controlariam”, relata a aluna Larissa Martins. “Sempre culpam a vítima. É mais fácil nos proibir do que falar sobre o machismo”, opina Mayza Rodrigues, 13 anos.
Como estratégia para combater condutas machistas dentro da escola, criou-se o Movifemi, que espalha cartazes com frases de protesto, faz debates sobre feminismo nas salas de aula e promove campanhas de conscientização e acolhimento de meninas. Segundo o coletivo, sempre que há alguma dúvida sobre assuntos relacionados à temática de gênero na escola, o Movifemi é procurado para ajudar na prática da igualdade de direitos dentro e fora do âmbito escolar.
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De acordo com suas integrantes, o grupo atua de maneira independente há três anos anos dentro da EMEF Eduardo Prado e realiza visitas a escolas da região com o intuito de contribuir com o empoderamento de outras jovens. Atualmente, o movimento está se ampliando com o objetivo de manter as atividades mesmo quando as atuais participantes mudarem para instituições que oferecem ensino médio.
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