Indústria de celulose é reforço na criação de energia limpa

A indústria de celulose pode dar uma mãozinha à matriz energética do Brasil, ajudando na diversificação de produção de energia elétrica limpa e renovável.

crédito: Marcos Santos/USP Imagens

De acordo com a multinacional finlandesa Pöyry, que atua com consultoria e serviços de engenharia, o setor tem hoje a capacidade de gerar 10 mil GWh de energia por ano. Aproximadamente metade dessa produção é usada nos próprias indústrias, e o excedente poderia abastecer ao menos 3 milhões de residências, se pudesse ser comercializado.

Isso não acontece porque a legislação brasileira permite que cada indústria devolva à rede um limite de apenas 30 MW de energia por mês, ou 260 GWh por ano. Muita energia produzida não é devolvida à rede e, assim, deixa de ser utilizada.

“Faltam incentivos do governo ao setor para que as empresas invistam mais na cogeração”, diz Carlos Farinha e Silva, vice-presidente da Pöyry, que defende uma ampliação desse limite.

E você sabe como a madeira vira energia elétrica? A cogeração de energia pela indústria de celulose é feita a partir do vapor gerado por caldeiras que cozinham a madeira e também aproveitando a biomassa que resulta do processo de descascamento da madeira e seria descartada.

Esse vapor das caldeiras passa por um processo de transformação de energia térmica em elétrica em turbogeradores e, então, alimenta o próprio processo de fabricação da celulose.

Em parceria com qsocial