Acusado de pagar propina, Eike Batista tem prisão decretada
O empresário está em viagem ao exterior e, segundo seu advogado, vai se entregar
O empresário Eike Batista é o principal alvo da nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira, dia 26, no Rio de Janeiro.
Foi emitido um mandado de prisão preventiva contra Eike, que, segundo seu advogado, está em viagem no exterior e vai se entregar quando voltar ao país. As informações são da “Folha”.
Segundo a Operação Eficiência, desdobramento da Calicute, o empresário pagou propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral por meio de uma conta no Panamá. Cabral está preso desde novembro de 2016. A Justiça expediu hoje um novo mandado de prisão preventiva para o ex-governador.
A Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Eike na zona sul do Rio. Foram expedidos, no total, nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 27 de busca e apreensão.
De acordo com informações do Ministério Público Federal, a organização criminosa que Cabral liderava movimentou R$ 39,7 milhões entre agosto de 2014 e junho de 2015.
Eike havia sido citado na primeira etapa da Calicute por ter repassado R$ 1 milhão ao escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, ex-primeira-dama, que também está presa desde dezembro.
À época, em depoimento espontâneo aos procuradores, ele disse que o pagamento se referia a prestação de serviço de projeto imobiliário de uma empresa sua ao Estado.