UFJF vai apurar denúncias de assédio sexual contra alunas
A instituição lançou a iniciativa "A Universidade é pública. Meu corpo não" para combater o assédio no ambiente acadêmico
Quase 70% das universitárias já sofreram algum tipo de violência no ambiente acadêmico. É o que mostrou uma pesquisa encomendada pelo Instituto Avon ao Data Popular, com a participação de 1.823 alunos das cinco regiões do Brasil, sendo 76% de instituições privadas e 24% de públicas. Relembre o estudo aqui.
Comentários de teor obsceno, intimidações, olhares e toques indesejados. Essas são algumas das situações de abuso sexual relatadas por alunas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Após as denúncias, a instituição lançou a campanha “A Universidade é pública. Meu corpo não” para combater o assédio na universidade e dar visibilidade às inúmeras violências que as mulheres sofrem no dia a dia.
Como parte da ação, a UFJF pediu para as estudantes escreverem em uma cartolina alguma frase que já ouviram na faculdade. Em entrevista ao Catraca Livre, a diretora do núcleo de Ações Afirmativas, Carolina Bezerra, afirma que “os abusos interferem no direito de ir e vir das mulheres e também no rendimento acadêmico” e que “as denúncias já estão sendo apuradas”.
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A proposta para lançar a iniciativa foi da própria diretoria de Ações Afirmativas, que recebeu uma série de relatos de alunas e professoras sobre assédio sexual. Por isso, durante a Semana da Mulher deste ano, a universidade promoveu palestras para discutir o tema ao lado das estudantes.
Agora, a diretoria da UFJF está pesquisando formas de acolher as vítimas e buscando estratégias para lutar contra a violência nesse ambiente. Além disso, o objetivo é inserir no currículo de todos os cursos o tema gênero e sexualidade e criar um grupo de sororidade entre alunas e professoras.
Confira mais fotos da campanha: