Após usar termo homofóbico, torcedor é questionado por repórter ao vivo

Com a repercussão da entrevista, repórter recebe apoio nas redes sociais

No Brasil, o futebol pode ser considerado patrimônio cultural: por amor, nas arquibancadas, da mandinga à festa nos estádios, quase todo brasileiro um dia viveu a sina da bola. Fora dos campos, também se tornou sinônimo de violência, medo e opressão. Racismo e homofobia, em um dos países onde mais se mata negros e gays no mundo, virou “piada” entre os adversários.

Na última quarta-feira, 25 de março, Palmeiras e São Paulo se enfrentaram pelo Campeonato Paulista na casa alviverde. Antes da partida, a repórter da ESPN Brasil Gabriela Moreira entrevistava um torcedor palmeirense, que durante a conversa usou um termo homofóbico ao se referir à torcida tricolor. Ao chama-los de bichas, foi questionado pela repórter “Rapaz, vou te falar uma coisa, não sei se vai ganhar… Mas com esse bicha? Não à homofobia, né? Você tem quantos anos, 25? Por favor, vamos tentar modernizar um pouquinho este pensamento”.

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De volta aos estúdios do programa Bate-Bola, o apresentador João Carlos Albuquerque elogiou a postura da repórter. “Gabi, você é demais! Receba um beijo pela sua intervenção. Coitado do rapaz, tomou uma invertida”, disse.