Beco com saída

Um beco serve de cenário para uma festa que ocorre nas tardes de sábado. É sempre animada por um DJ, além de ser palco de intervenções de arte ou de projeções de filmes nos muros e das experimentações de um candidato a “chef”.

Começou quase sem ninguém, mas, graças ao boca a boca, logo foi parar nas redes sociais, atraindo tribos que adoram a estética das ruas: grafiteiros, skatistas e ciclistas, em meio a designers que se inspiram na chamada “street art”. Por trás dessa festa no beco, porém, está um personagem que, aos 14 anos, descobriu, um tanto na marra, os encantos da rua: Billy Moreira, diretor de arte e cenógrafo, que começou a ganhar a vida como office-boy. “O prazer da rua é minha linha evolutiva.”

Billy é um dos paulistanos que levam a sério a data comemorativa desta quarta-feira, o Dia Mundial sem Carro. Tanto que, no beco em que organiza a festa, montou uma improvável loja-ateliê, em que, entre vários produtos da arte urbana, personaliza bicicletas. Ele só anda de carro quando não tem qualquer outra opção.