Bolsonaro não tem nada a falar se estupro acontece fora da Câmara

09/08/2016 02:48 / Atualizado em 07/05/2020 03:53

O deputado Jair Bolsonaro, do PSC-RJ, é autor do projeto que prevê castração química para estupradores. Já o seu colega de partido, o deputado Marco Feliciano, do PSC-SP, está sendo acusado de estupro por uma universitária de 22 anos.

 
  - ESTADÃO CONTEÚDO

Segundo Patrícia Lélis, o partido de Feliciano e Bolsonaro sabia das denúncias, mas preferiu se omitir. Talma Bauer, assessor de Feliciano, chegou a ser preso e depois liberado pela polícia. O motivo? Ele teria, ainda segundo Patrícia, a ameaçado com uma arma e a obrigado a gravar um vídeo desmentindo a denúncia.

O mesmo Talma, em entrevista exclusiva por telefone ao Catraca Livre, disse que “tudo não passa de um golpe da esquerda”.

Já o Bolsonaro, em entrevista ao Broadcast Político dentro do plenário da Câmara, disse após ser questionado: “Se é vida particular dele (Feliciano), que tenho a ver com isso? Não estou sabendo de nada. Cuido da minha vida. Quer perguntar de mim, falo para você agora”. E depois, para encerrar a conversa, finalizou “Pesado o negócio, né. Mas eu cuido da minha vida, se isso aí é fora da Câmara, não tenho nada a falar”.

Então, pela lógica de Jair Bolsonaro, estupradores devem ser castrados quimicamente, mas se o tal estuprador faz parte do seu partido e não cometeu o crime dentro da Câmara, então ele não tem nada a ver com isso.