Campanha quer comprar bilhetes de transporte aos refugiados
Saiba como contribuir com o financiamento coletivo e ajude os refugiados que vivem em São Paulo
Você sabia que mais de oito mil refugiados vivem atualmente no Brasil? Quando chegam ao país, além do preconceito que sofrem, mulheres e homens estrangeiros em situação de refúgio passam por muitos desafios, como emitir documentos, encontrar moradia, realizar um curso para aprender português e procurar emprego. Mesmo quando há oportunidades de inclusão, eles esbarram em um problema ainda maior: a falta de subsídios para o transporte.
Pensando nisso, o projeto Estou Refugiado lançou uma campanha de financiamento coletivo que tem como objetivo arrecadar doações e comprar bilhetes de transporte para que essas pessoas possam se deslocar até uma entrevista de emprego ou aula de idiomas, por exemplo. Para ajudar, clique aqui.
Ao Catraca Livre, a publicitária e uma das fundadoras da plataforma, Gisela Rao, conta: “Quando descobrimos que, muitas vezes, mulheres e homens refugiados não têm dinheiro para ir até as entrevistas e cursos, resolvemos expandir o projeto e lançar o financiamento para viabilizar 500 cartões de transporte a eles”.
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Com o apoio do público, a iniciativa pretende entregar os cartões de transporte para refugiados que estão na cidade de São Paulo. Cada um dos 500 beneficiários receberá um vale-transporte com uma cota de R$ 100 para ser utilizada prioritariamente em entrevistas de emprego e cursos de idiomas.
O financiamento tem como meta arrecadar aproximadamente R$ 70 mil. Para contribuir, é preciso escolher o valor e a recompensa neste link. O Estou Refugiado é uma plataforma de visibilidade social que ajuda os refugiados a conseguirem um emprego. No site, eles têm a oportunidade de relatarem suas trajetórias de vida.
Gisela ainda ressalta que o projeto visa, sobretudo, trocar o preconceito por compreensão a respeito de quem são essas pessoas. “Os refugiados são pessoas qualificadas que saem de seus países em busca de novas oportunidades para viver, fugindo de guerras e perseguições políticas. Eles deixam para trás carreiras, amigos e família”, afirma a descrição do site.
Dificuldades
Perseguido político e pela violência no Congo, Alphonse Nyembo, deixou seu país de origem em 2012 e veio ao Brasil sozinho à procura de uma vida melhor. Aqui, o jovem formado em letras decidiu voltar à sala de aula para estudar engenharia e, com isso, ter mais oportunidades na difícil busca por emprego.
Alphonse também fez um curso de mecatrônica, mas atualmente está desempregado. Para sobreviver, ele dá aulas particulares de idiomas.
Sobre as principais dificuldades vividas ao chegar em um lugar totalmente novo, ele diz: “Sofri muito preconceito por ser estrangeiro, principalmente na hora de procurar emprego, e a integração por aqui é difícil para todos nós refugiados”.
Assista ao vídeo da campanha: