Campanha conta a história de 25 #MulheresInspiradoras

Por Fernanda Miranda, Heloisa Aun e Paula Lago

08/03/2017 18:42 / Atualizado em 05/04/2017 13:51

Neste Mês da Mulher, o Catraca Livre vai prestar homenagens diárias a personagens do gênero feminino que nos inspiram.

Duas das selecionadas: Maria da Penha e Conceição Evaristo
Duas das selecionadas: Maria da Penha e Conceição Evaristo

A partir desta quarta-feira, 8 de março, até o final deste mês, a campanha #MulheresInspiradoras vai contar 25 histórias de brasileiras que transformam seu mundo e sua comunidade com seus feitos.

Ativistas, fotógrafas, escritoras, cientistas, líderes comunitárias, anônimas, famosas, héteros, lésbicas, transexuais…  Apresentaremos uma diversidade de perfis de mulheres que fazem a diferença e, com seu exemplo, buscam tornar este um mundo menos desigual na questão do gênero.

Como nome de estreia, teremos a história de Maria da Penha, que se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica depois de ter sido vítima de tentativa de homicídio executada por seu próprio ex-marido.

E são muitos os desafios a serem enfrentados do dia a dia de uma sociedade patriarcal como a nossa.

Quando o tema é violência, 503 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora em 2015 no Brasil, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta. Entre janeiro e outubro de 2015, o Ligue 180 registrou uma denúncia de violência contra a mulher a cada 7 minutos.

Uma mulher é estuprada no país a cada 11 minutos, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública referentes a 2014. Pesquisa do Instituto Data Popular do ano passado revela que 61% dos homens acham que mulher solteira no Carnaval não pode reclamar de ser cantada.

Se mudarmos para a desigualdade no ambiente de trabalho, no Brasil, as mulheres ganham apenas 76% do que recebem homens na mesma faixa etária, com cargos e formações similares.

Esse desnível só deve desaparecer em 2095. Apenas 11% dos cargos de CEO (diretor-executivo) no país são ocupados pelo sexo feminino. A representação feminina na política brasileira é de 9,9% na Câmara e de 13% no Senado.