Campanha luta pelo fim da violência sexual contra meninas no Brasil
Cerca de 50 mil casos de estupro são denunciados todos os anos no Brasil, mas estima-se que isso represente menos de 10% do total de casos. Muitas pessoas que passam por essa situação não denunciam por medo de represálias, vergonha de se expor, e até mesmo por receio de serem culpadas ou tachadas pela violência sofrida. Este cenário é ainda pior quando se considera o universo infantil.
Em luta contra a cultura de tolerância ao estupro, foi lançada na última quarta-feira, 16, em São Paulo, a campanha “Quanto Custa a Violência Sexual contra Meninas?“, criada pela Plan International Brasil, organização humanitária internacional pelos direitos da criança e do adolescente. A iniciativa pretende promover e qualificar o debate sobre a violência sexual contra jovens meninas, o que já chega a mais de meio milhão de casos por ano no Brasil.
“A maioria dos estupros não é cometida por desconhecidos na rua. Por aqui, os abusos geralmente acontecem dentro de casa e são realizados por conhecidos das meninas”, afirma Anette Trompeter, diretora nacional da organização, em comunicado à imprensa.
- Conheça150 cursos que a FGV oferece de graça e comece agora mesmo
- Surto de dengue no Brasil: os sintomas, como transmite e tudo sobre a doença
- 73% das brasileiras temem assédio no carnaval. Saiba como se proteger
- Guia orienta brasileiras sobre violência no exterior
Além de peças de comunicação e ações em mídias sociais, a “Quanto Custa?” contará com uma rede de organizações de todos os setores na realização de iniciativas pelo Brasil, desde a exibição do filme “India’s Daughter” (Filha da Índia), exibido quarta-feira (16/09) no Auditório Ibirapuera, debates sobre a violência sexual contra meninas, a elaboração de materiais informativos sobre o tema, entre outras ações.
Um dos materiais consiste em uma cartilha que explica “Como identificar a violência sexual” e o “Passo-a-passo da denúncia” que quer auxiliar meninas, famílias e qualquer pessoa que conheça alguém que esteja passando por uma situação de abuso e violência sexual a denunciar e procurar a rede de atendimento especializadas.
Saiba mais sobre a campanha neste link.
- Deus, moral, orientação sexual: não existe desculpa para o estupro
- ‘Você acha que tem mulher que pede para ser estuprada? Pense de novo’