Campanha pede fim das gaiolas que aprisionam porcas reprodutoras
Quanto tempo você conseguiria ficar dentro de uma gaiola do tamanho de seu corpo? Este desafio foi proposto na última segunda-feira, dia 5, a pedestres que passavam na avenida Paulista, em São Paulo, para simbolizar o lançamento de uma campanha da Fórum Animal, que pede que o Brasil proíba o uso das gaiolas de gestação, que confinam porcas reprodutoras.
As carnes dos filhotes desses animais abastecem mercados, restaurantes e açougues no país.
O empresário Pedro Barone, que participou do teste, não aguentou ficar 4 minutos enjaulado, como cerca de 1,7 milhão de porcas passam a vida toda no Brasil. “Que desespero, é insuportável”, declarou.
Cerca de 90% de todas as porcas parideiras em sistemas industriais no Brasil vivem cerca de quatro anos nessa situação. Esse sistema de tortura faz com que os animais sofram de estresse, angústia, distúrbios mentais e problemas físicos como paralisias nas pernas e pés e infecções urinárias.
“Essa ação foi pensada justamente para trazer a público a tortura escondida na refeição de milhões de brasileiros. Exigimos que os animais possam pelo menos se mover e socializar uns com os outros. O Brasil não pode ser cúmplice de uma crueldade dessas, enquanto mais de 30 países já assumiram o compromisso de acabar com essa tortura”, comentou Elizabeth MacGregor, diretora do Fórum Animal.
Uma petição on-line organizada pela Fórum Animal está reunindo assinaturas de pessoas que lutam para abolir o uso contínuo de gaiolas de gestação para porcas. Assine aqui e compartilhe.