#CarnavalSemAssédio vai traçar rota da violência contra a mulher
Campanha promovida pelo Catraca Livre tem o apoio da ONU Mulheres, da ONG Plan International, dos coletivos Nós, Mulheres da Periferia, Vamos Juntas? e Não é Não, das redes Minha Sampa e Meu Recife e dos blocos Mulheres Rodadas e Maria Vem com as Outras
Em 2017, uma caixa da Pandora se abriu. Dela, começaram a sair histórias de assédio sexual do passado e também atuais, ligadas a mulheres famosas, mas também desconhecidas.
Em todo o mundo, as mulheres começaram a se dar conta de que se calar ao ser assediada só reforça a cultura do estupro e fortalece os homens que exercem o poder por meio da violência e do abuso.
Por aqui, nunca se falou tanto sobre assédio no Carnaval. Todos os veículos registraram casos de abuso, questionaram posicionamentos, divulgaram estatísticas de violência no período da folia.
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A vontade da mulher, enfim, ganhou algum destaque. Paquerar, beijar e se divertir fazem parte da folia, mas há uma condição inegociável: é preciso respeitar o outro. É preciso que haja consentimento.
No terceiro ano da campanha #CarnavalSemAssédio, queremos dar um passo além. O debate precisa agora mostrar lugares nas cidades em que as mulheres são mais vulneráveis e, também, exigir tomada de providências do poder público. Em 2017, só no Rio de Janeiro, uma mulher era agredida no Carnaval a cada 4 minutos.
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Com o apoio da rede de mobilização Nossas, da qual fazem parte nossos parceiros Minha Sampa e Meu Recife, vamos criar um mapa com relatos de assédios, tabular os dados coletados e levá-los às autoridades competentes, para que, juntos, consigamos pensar em criar políticas públicas que possam combater efetivamente o problema.
Sabe de algum caso de assédio que tenha ocorrido neste e em outros Carnavais? Peça para a pessoa em questão entrar na plataforma www.aconteceunocarnaval.org e contar sua história. E vale lembrar: o canal oficial para o atendimento de vítimas de violência contra a mulher é o Ligue 180, em que profissionais treinados dão orientações de forma gratuita, 24 horas por dia.
Reforçamos também a nossa rede de parceiros para que a campanha ganhe as ruas. Em 2018, o #CarnavalSemAssédio tem o apoio da ONU Mulheres, da ONG Plan International, dos coletivos Nós, Mulheres da Periferia, Vamos Juntas? e Não é Não, além dos blocos Mulheres Rodadas e Maria Vem com as Outras.
Sua participação é imprescindível para ampliarmos o alcance da campanha. Para fazer parte, é fácil: compartilhe fotos nas redes sociais com a hashtag #CarnavalSemAssédio. Você também pode baixar as imagens com as frases da campanha. Clique aqui para imprimir e não se esqueça de levar para os blocos!
- Participe da campanha e relate se já sofreu assédio no Carnaval: