Chimpanzés infectados em testes de vacinas são abandonados
Os testes em animais causam intensos debates no contexto ambiental e vale lembrar que essa prática começou há muito tempo. Uma iniciativa desta ordem ocorreu em 1974, quando o banco de sangue americano New York Blood Center (NYBC) abriu um amplo laboratório na Libéria, oeste africano, para realizar experimentos de vacinas em diversos chimpanzés silvestres.
![Chimpanzés foram abandonados por laboratório americano](https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2016/09/iStock_84355767_SMALL-450x308.jpg)
Esses processos terminaram trinta anos depois e o diretor do laboratório, Albert Prince, confirmou o compromisso da empresa de cuidar dos animais infectados até o fim de suas vidas.
Para não contaminarem os animais que não receberam as vacinas, os infectados foram distribuídos em seis ilhas fluviais, de modo que os custos mensais com água e comida somavam aproximadamente 20 mil dólares.
Entretanto, no mês de março de 2015, o laboratório suspendeu os cuidados e abandonou os 85 chimpanzés. Embora pertençam ao governo africano, os cuidados com os animais é de inteira responsabilidade do laboratório Villab II.
O laboratório divulgou um comunicado que provocou o engajamento de ativistas da causa animal, dizendo que “nunca teve obrigação alguma de cuidar dos animais”. Em entrevista à BBC, a ativista Jane Goodall rebateu o anúncio, dizendo que “eles sabiam muito bem que os chimpanzés têm vidas longas. Abandoná-los é imperdoável”.