Clube é denunciado por homofobia após briga entre torcidas

Bandeira símbolo do movimento LGBT é estendida pela torcida do Paysandu

Infelizmente, o futebol e os estádios são homofóbicos, mas isso pode estar mudando. Graças a uma confusão entre duas de suas torcidas organizadas no último dia 30 de junho, o Paysandu será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O motivo: homofobia. As informações são do UOL.

A briga entre as torcidas Terror Bicolor e Banda Alma Celeste aconteceu durante um jogo contra o Luverdense, no estádio da Curuzu, em Belém.

Segundo o STJD, integrantes da Terror Bicolor teriam agredido membros da Banda Alma Celestes, que se manifestou a favor da causa LGBT, abolindo o grito de “bicha” e estendendo uma bandeira do arco-íris nas arquibancadas.

O clube paraense pode ser multado entre R$ 100 e R$ 100 mil e punido com perda de até 10 mandos de campo por não ter garantido a prevenção ou repressão das desordens. O clube foi enquadrado no artigo 213, inciso I, parágrafo 1º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

O Paysandu responderá ainda ao artigo 243-G (praticar ato discriminatório), o que ainda pode lhe render a perda de um mando de campo, a perda de três pontos e mais multa (R$ 100 a R$ 100 mil).

A Procuradoria alega ainda que as agressões foram represálias à torcida Banda Alma Celeste e tiveram como motivação atos discriminatórios por conta do posicionamento da mesma.

Por meio de nota oficial, o Paysandu disse que irá provar não ser um clube homofóbico. “A Diretoria Jurídica trabalha com tranquilidade e certeza de que irá provar que o Paysandu não é um clube homofóbico e que presta total apoio a manifestações de combate a todo e qualquer tipo de preconceito”, informa a nota.

O processo está na pauta da Terceira Comissão Disciplinar agendada para a próxima quarta-feira, dia 19 de julho.

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