Conversa no WhatsApp gera exoneração na Polícia Civil do DF
Mais um caso de estupro envolvendo uma menor de idade foi denunciado nesta segunda-feira, 15. Dessa vez o crime aconteceu no Distrito Federal. A ocorrência foi registrada pela mãe da criança nesta manhã, logo após o crime. Em depoimento à polícia, a mulher diz que chegou em casa por volta das 6h30 e ouviu um relato detalhado do estupro feito pela própria filha.
A menina tinha sinais de violência pelo corpo. A janela dos fundos da casa foi arrombada pelo agressor, o seu padastro. Acompanhada da mãe, a menina prestou depoimento à Polícia Civil e foi encaminhada ao IML, para exame de corpo de delito, e ao hospital para os procedimentos de rotina. As informações são do G1.
Apesar da violência do crime, um outro fator tem causou revolta: uma troca de conversas em um grupo de discussão da corporação com jornalistas no WhatsApp. Na conversa, o diretor de Comunicação da Polícia Civil e delegado Miguel Lucena, afirma que “crianças estão pagando muito caro por esse rodízio de padrastos em casa”.
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“Quando se tem um filho, e nosso (sic) eu sou politicamente incorreto, é preciso ter cuidado com quem leva (sic) para dentro de casa”, continua o delegado. “O estuprador vai parar na cadeia, Mas é preciso abrir a discussão do ponto de vista moral”, opina.
Depois da má repercussão da conversa, o Palácio do Buriti emitiu uma nota condenando a fala de Miguel Lucena que indica a culpa da mãe no caso e exonerando o mesmo do cargo do diretor de Comunicação. A exoneração deve ser publicada em Diário Oficial nos próximos dias. Na nota, o Palácio do Buriti informou que “os comentários feitos pelo delegado em grupo de WhatsApp não representam a opinião da corporação”.
O grupo de discussão no WhatsApp foi criado pela própria Polícia Civil do DF, como um meio mais simples de tirar dúvidas de jornalistas e prestar informações sobre ocorrências, operações e coletivas de imprensa. Após a polêmica, os membros da Polícia Civil deixaram o grupo.
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