Doria reduzirá verba de postos de saúde e hospitais da periferia
Segundo notícia divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo na última quarta-feira, 24, a gestão João Doria (PSDB) reduzirá a verba destinada à saúde pública na capital paulista. Ao todo, 730 unidades, entre postos, AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), prontos socorros e hospitais deverão sofrer as consequências do corte. Segundo ata da reunião realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, no início do mês, a suspensão será de 7,2%.
De forma mais detalhada, o documento sinaliza corte de 5% do “valor assistencial”, que abrange salários dos profissionais e manutenção, e 2,2% que atingirá a estrutura administrativa.
O corte foi necessário, de acordo com a prefeitura, por conta do congelamento de 25% do orçamento da secretaria. No ano passado, a gestão de Fernando Haddad havia repassado R$ 4 bilhões para as organizações. Considerado esse valor, o corte será de R$ 24,5 milhões por mês.
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Unidades fechadas e plantões reduzidos
Ainda de acordo com a reportagem, Fermina Silva Lopes, presidente do Movimento Popular de Saúde da Zona Leste, afirma que pacientes das AMAs Parque Paulistano e Sítio da Casa Pintada, em São Miguel Paulista, foram informados pelos funcionários sobre o fechamento de unidades da região e redução de plantões aos sábados. “Não tem mais onde cortar. Funcionários já não dão conta de atender a população. Creio que vá haver demissões isso vai piorar muito a assistência nas unidades”, diz.
Obras suspensas e hospital fechado
Segundo outra reportagem, desta vez do Jornal Agora, o corte na verba para as organizações sociais não será o único na área da saúde municipal. Isso porque ao menos 50 obras foram suspensas por causa de redução nos gastos, entre elas as construções de seis UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), oito UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e um hospital.
Prefeitura alega uso mais inteligente dos recursos
Por outro lado, a Secretaria da Saúde da gestão psdbista justifica que o corte nas verbas para organizações sociais de saúde não atingirá a população. Alega ainda a necessidade do corte, mediante a queda da arrecadação.
A pasta também justifica as medidas foram a forma “mais inteligente” de utilizar os recursos. E garante que não há decisão sobre redução de equipe ou de plantões médicos. Ressaltou que “o objetivo é o de manter a capacidade assistencial adequada”. Confira a matéria completa no site da Folha.