Doria reduzirá verba de postos de saúde e hospitais da periferia

25/05/2017 17:00

Segundo notícia divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo na última quarta-feira, 24, a gestão João Doria (PSDB) reduzirá a verba destinada à saúde pública na capital paulista. Ao todo, 730 unidades, entre postos, AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), prontos socorros e hospitais deverão sofrer as consequências do corte. Segundo ata da reunião realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, no início do mês, a suspensão será de 7,2%.

De forma mais detalhada, o documento sinaliza corte de 5% do “valor assistencial”, que abrange salários dos profissionais e manutenção, e 2,2% que atingirá a estrutura administrativa.

Posse de João Doria como prefeito da cidade de São Paulo, em janeiro de 2017
Posse de João Doria como prefeito da cidade de São Paulo, em janeiro de 2017

O corte foi necessário, de acordo com a prefeitura, por conta do congelamento de 25% do orçamento da secretaria.   No ano passado, a gestão de Fernando Haddad havia repassado R$ 4 bilhões para as organizações. Considerado esse valor, o corte será de R$ 24,5 milhões por mês.

Unidades fechadas e plantões reduzidos 

Ainda de acordo com a reportagem, Fermina Silva Lopes, presidente do Movimento Popular de Saúde da Zona Leste, afirma que pacientes das AMAs Parque Paulistano e Sítio da Casa Pintada, em São Miguel Paulista, foram informados pelos funcionários sobre o fechamento de unidades da região e redução de plantões aos sábados. “Não tem mais onde cortar. Funcionários já não dão conta de atender a população. Creio que vá haver demissões isso vai piorar muito a assistência nas unidades”, diz.

Obras suspensas e hospital fechado 

Segundo outra reportagem, desta vez do Jornal Agora, o corte na verba para as organizações sociais não será o único na área da saúde municipal. Isso porque ao menos 50 obras foram suspensas por causa de redução nos gastos, entre elas as construções de seis UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), oito UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e um hospital.

Prefeitura alega uso mais inteligente dos recursos 

Por outro lado, a Secretaria da Saúde da gestão psdbista justifica que o corte nas verbas para organizações sociais de saúde não atingirá a população. Alega ainda a necessidade do corte, mediante a queda da arrecadação.

A pasta também justifica as medidas foram a forma “mais inteligente” de utilizar os recursos. E garante que não há decisão sobre redução de equipe ou de plantões médicos. Ressaltou que “o objetivo é o de manter a capacidade assistencial adequada”. Confira a matéria completa no site da Folha.