Empresário paulista recolhe assinaturas para criminalizar o funk

Funk é alvo de proposta para criminalizar o ritmo
Créditos: Allana Amorim
Funk é alvo de proposta para criminalizar o ritmo

O funk pode estar com os dias contados. Pelo menos se depender do empresário paulista Marcelo Alonso. Ele é autor de uma proposta legislativa que visa criminalizar o funk, gênero musical característico da periferia.

Segundo o empresário, o funk “é uma vergonha para a sociedade brasileira”. “Os chamados bailes de “pancadões” são somente um recrutamento organizado nas redes sociais por e para atender criminosos, estupradores e pedófilos a prática de crime contra a criança e o menor adolescentes ao uso, venda e consumo de álcool e drogas, agenciamento, orgia e exploração sexual, estupro e sexo grupal entre crianças e adolescente, pornografia, pedofilia, arruaça, sequestro, roubo e etc”, afirma no texto da proposta.

Segundo o portal R7, na última quarta-feira, 24, o empresário conseguiu mais de 20 mil assinaturas no site do Senado, fazendo com que a proposta fosse encaminhada para a relatoria do senador Cidinho Santos (PR) na CDH (Comissão dos Direitos Humanos e Legislação Participativa).

“Se olharmos para os dias atuais, vemos o que está acontecendo. O funk prega apologia ao sexo precoce, drogas, tráfico, pornografia e tantas outras apologias. O funk é uma vergonha para a sociedade brasileira”, decretou ao portal.

A proposta do empresário tem recebido várias críticas. A funkeira Renata Frisson, conhecida como Mulher Melão, é uma das contrárias. “O funk não é crime, é cultura. Vivo do funk há dez anos e não posso ser considerada uma criminosa por levar alegria ao povo”, rebateu. “Isso é uma discriminação com as pessoas da comunidade, que sempre amaram o movimento. Estamos passando por tantos escândalos de corrupção no país e querem usar o funk para desviar a atenção”, disse.

Lembrando que música é cultura e todos os gêneros musicais são formas de arte! Não gosta de funk, não ouça funk!

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