Ensaio fotográfico discute violência contra a mulher no Carnaval
O assédio sexual é tão presente no Carnaval quanto a purpurina, o confete e a serpentina. Em uma das mais tradicionais manifestações culturais brasileiras, o machismo se dá de diferentes formas, desde a imagem veiculada do corpo feminino até o abuso nas ruas.
Em 2016, as denúncias de violência contra a mulher nesta época do ano cresceram 174% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As informações foram divulgadas pelo Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência.
Para discutir essa questão, a fotógrafa e publicitária Julliane Albuquerque, do Rio de Janeiro, criou o ensaio “Alegoria“. Nos autorretratos, ela usa elementos típicos do Carnaval para debater a violência contra a mulher de diferentes formas.
“O ensaio mistura as cores do Carnaval com as formas dos hematomas. Em uma série de fotos, elementos como serpentina, confete e purpurina denunciam a agressão feita por tantos homens nesse período. Que em 2017 as festas, as ruas e as alegrias sejam para todos”, afirma a fotógrafa.
Veja as fotos:
#CarnavalSemAssédio
Pelo segundo ano, o Catraca Livre promove a campanha #CarnavalSemAssédio com o objetivo de lutar por respeito na folia e pelo fim da violência contra a mulher. Quem está com a gente: a revista “Azmina” e os coletivos “Agora é que são elas”, “Nós, Mulheres da Periferia” e “Vamos juntas?”.
Confira todos os materiais da campanha neste link.
- Paquerar, beijar e se divertir fazem parte da folia, mas com uma condição: é preciso respeitar as minas. Veja 7 situações que mostram o que você pode fazer para se divertir no Carnaval sem ser machista.