‘Eu não estou citado na Lava-Jato’ diz Jean Wyllys em desabafo

15/12/2016 12:32

Como você já leu aqui, o relator e deputado Ricardo Izar (PP-SP) pediu para que o Conselho de Ética da Câmara suspenda as atividades de Jean Wyllys durante 4 meses como forma de punição por ele ter cuspido em Jair Bolsonaro.

Jean Wyllys é acusado de quebra de decoro parlamentar
Jean Wyllys é acusado de quebra de decoro parlamentar

Em sua defesa, o deputado Jean Wyllys fez uma postagem na sua rede social se defendendo. Leia abaixo!

“Eu não estou citado na Lava-Jato.
Eu não recebi dinheiro da Odebrecht.
Nem da OAS.
Nem de nenhuma empreiteira.
Nem dos bancos.
Nem dos planos de saúde.
Nem do agronegócio.
Nem nada disso.
Nunca recebi propina.
Não tenho contas na Suíça.
Não sou milionário.
Não enriqueci no mandato.
Levo uma vida normal.
Sem luxos.
Ando na rua.
Sou o mesmo de sempre.
Não mudei de lado.
Nunca fui aliado de Cunha.
Aliás, enfrentei Cunha desde o primeiro dia.
Fui contra o golpe.
Mesmo sendo oposição ao governo Dilma.
Sempre defendi a democracia.
Nunca votei contra os trabalhadores.
Nunca votei contra a educação pública.
Nunca votei contra a saúde pública.
Nunca votei contra os direitos humanos.
Nunca fui acusado de cometer nenhum crime.
Não menti na campanha.
Meus projetos são os que defendi quando era candidato.
Meus votos são coerentes com o que eu sempre disse que faria.
Não traí.
Não me vendi.
Você pode concordar ou não comigo.
A democracia é isso.
Mas eu sou honesto.
Nunca agi com violência.
Não insulto os outros.
Só recebo insultos.
Deles, dos que têm ódio no coração.
Por ser veado.
Defendo ideias.
Não faço parte do lado deles.
Nunca fiz parte.
Eles me odeiam por isso.
E por ser veado.
Essa é a verdade.
Eu não sou deputado.
Estou deputado.
Sou professor.
Jornalista.
Escritor.
Ativista.
Estou deputado pelo voto popular.
Porque 144.770 pessoas votaram em mim.
Eu respondo a essas pessoas.
Se suspenderem meu mandato, estão calando toda essa gente.
Vocês não gostam da democracia.
Mas toda essa gente gosta.
E muita mais.
Pode crer.
Boa noite”.