Aos 59 anos, a ex-empregada doméstica Marlene Garcia tem um compromisso diário com as crianças que vivem no Morro da Macumba, favela com 10 mil moradoras na zona sul de São Paulo. Sem ajuda governamental, ela comanda um galpão onde alimenta 230 crianças com panelões que ela mesma prepara de arroz e carne moída.

Ao repórter Leandro Machado, do jornal Folha de S. Paulo, ela diz que tem muita dó das crianças. “Vejo uma com fome, probrezinha, quero trazer para cá”, conta.

“A criança não tem culpa se o pai é bandido, toda criança é boa”, diz Marlene - Getty Images/iStockphoto

No fim dos anos 90, a favela do Morro da Macumba sofria com uma guerra entre traficantes. Na época, as crianças eram usadas como soldados. “Fui falar com um chefe do tráfico e pedi para ele nunca mais usar uma crianças”, conta a filha de Marlene, Vanessa Garcia.

Em 2005, ela e a mãe encontraram um galpão no topo da favela, mas o local era usado como ponto de tráfico e cativeiro de sequestros. “Falamos com os traficantes, mostramos o nosso projeto”, diz Vanessa. Eles toparam sair e o dono do espaço também cedeu à vontade de Marlene.

No galpão, as crianças ainda têm reforço e matemática e português e aulas de inglês e francês, dadas por voluntários. Leia a reportagem na íntegra aqui.

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