Feminicídio: mulheres protestam após estupro brutal na Argentina

A jovem Lucía Pérez foi drogada, estuprada e assassinada na cidade de Mar del Plata, na Argentina, no dia 8 de outubro

A adolescente argentina Lucía Pérez, de 16 anos, foi brutalmente estuprada e morta na cidade costeira de Mar del Plata. De acordo com a reconstrução do crime, feita pelo Ministério Público, os assassinos lavaram o corpo e trocaram a roupa da jovem após o abuso sexual. Em seguida, a levaram até um centro de saúde e afirmaram que ela tinha ficado inconsciente por causa de uma overdose.

Esse caso de feminicídio, um dos mais brutais já registrados na Argentina, motivou as mulheres de diversos grupos, como o coletivo feminista Ni una menos, a organizarem uma manifestação de repúdio na próxima quarta-feira, dia 19 de outubro. O evento no Facebook já tem milhares de confirmados. Confira aqui.

“A menos de uma semana do Encontro Nacional de Mulheres, um novo feminicídio brutal mostra a violência a que estamos expostas. Por todas as mulheres que faltam, pelas assassinadas e desaparecidas, contra a violência e o terrorismo machista, contra a impunidade, contra o acobertamento, contra a inação e a cumplicidade estatal e policial”, diz um dos textos que convocaram a marcha.

O caso de estupro reascendeu o debate sobre o feminicídio na Argentina

Matías Farías, de 23 anos, e Juan Pablo Offidani, de 41, são acusados de abuso sexual seguido de morte. Um terceiro suspeito, Alejandro Alberto Masiel, foi detido pela polícia acusado de acobertar o feminicídio de Lucía Pérez, que ocorreu em 8 de outubro.

O caso de violência contra a mulher indignou Mar del Plata e as cidades de todo o país. A vítima cursava o quinto ano do ensino médio. Depois do crime, sua família se mobilizou com milhares de moradores para exigir uma condenação aos assassinos.

Desde que a adolescente foi assassinada, ao menos outras três mulheres morreram vítimas do machismo no país. Segundo a Corte Suprema de Justiça da Argentina, ocorreram 235 feminicídios em 2015, um crime a cada 36 horas.

Com informações do El País